Foto: TVCA/Reprodução
Decreto também cita risco de epidemia de febre amarela e introdução dos vírus da zika e chikungunya na capital.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) assinou, nesta sexta-feira (24), decreto que declara situação de emergência por 180 dias na saúde do Distrito Federal. Segundo o texto, o motivo é o “risco de epidemia de dengue, potencial epidemia de febre amarela e a possível introdução dos vírus zika e chikungunya” no DF.
Ainda de acordo com o decreto, a adoção do estado de emergência “autoriza a adoção de todas as medidas administrativas necessárias à contenção da epidemia”. O texto cita, entre as medidas:
- a compra de insumos e materiais;
- a contratação de serviços para “atendimento da situação emergencial”;
- contratação de pessoal por tempo determinado.
- A formação e execução das diretrizes deve ser comandada pela Secretaria de Saúde. O decreto (veja imagem abaixo) passa a valer quando foi publicado no Diário Oficial, o que deve ocorrer ainda nesta sexta, segundo o Governo do DF.
A declaração de estado de emergência ocorre após a divulgação de dados, pela Secretaria de Saúde, que mostram que, no ano passado, a capital registrou o maior número de mortes por dengue da história. Ao todo foram 62 casos, recorde registrado nos monitoramentos divulgados pela pasta desde 1998.
Em 2019, o DF teve 47.393 casos prováveis de dengue. A maior parte dos atingidos pela doença no ano passado são pessoas de 20 a 49 anos de idade – grupo que representa 49,4% dos casos. Veja o ranking:
- 20 a 49 anos: 49,4%
- Mais de 50 anos: 17,2%
- 10 a 19 anos: 16,2%
- 1 a 9 anos: 13,5%
- Até um ano: 3,7%
Estado de emergência
A última vez que o estado de emergência foi declarado na saúde do DF ocorreu em janeiro de 2019, nos primeiros dias da gestão de Ibaneis Rocha. À ocasião, o governador afirmou que havia necessidade de “medidas urgentes e excepcionais” na área porque o a situação na capital podia “provocar o aumento do número de óbitos bem como a instalação de graves processos infecto-contagiosos”.
O decreto também tinha validade de 180 dias e permitia medidas como:
- Ampliação de carga horária de servidores efetivos da Secretaria de Saúde;
- Nomeação de aprovados em concurso público;
- Contratação temporária de servidores públicos;
- Autorização para a Secretaria de Saúde requisitar servidores das forças de segurança: Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da Polícia Civil;
- Realização de compras sem licitação.
*Com informações G1/DF