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Cientistas chineses encontraram indícios de que vírus presente no animal é parecido com o que já infectou mais de 600 pessoas no país.
A disseminação do coronavírus entre humanos na China pode ter origem em morcegos e cobras, como sugere uma análise genética do patógeno que até agora causou 17 mortes e a infecção de mais de 600 pessoas.
Na ultima quarta-feira (22), cientistas chineses afirmaram que a cepa mortal compartilha um ancestral comum com um vírus encontrado apenas em morcegos. Desde então, diversas imagens foram divulgadas para mostrar as pessoas comendo a iguaria chinesa.
A sopa de morcego é relatada como um prato incomum, mas popular, particularmente em Wuhan, onde se acredita que o vírus tenha se originado em um mercado de peixe ao ar livre.
Imagens não confirmadas e postadas nas mídias sociais mostram pessoas comendo sopa em uma tigela com um morcego sorridente ao lado. Outra imagem parece mostrar um morcego morto com o estômago removido e cheio de caldo.
Apoio científico
Um novo estudo publicado no China Science Bulletin no início desta semana afirmou que o novo coronavírus compartilhava uma variedade de vírus encontrada em morcegos. Acredita-se que surtos mortais anteriores de SARS e Ebola tenham se originado no mamífero voador.
Especialistas pensaram que o novo vírus não era capaz de causar uma epidemia tão séria quanto esses surtos, porque seus genes eram diferentes. Mas essa pesquisa parece provar o contrário, enquanto os cientistas lutam para produzir uma vacina – algo que pode levar pelo menos um ano.
O novo estudo foi realizado em conjunto pela Academia Chinesa de Ciências, pelo Exército de Libertação Popular e pelo Instituto Pasteur de Xangai. Ele revelou que o vírus tem uma ‘forte afinidade de ligação’ a uma proteína humana chamada ACE2.
Os pesquisadores disseram que essa proteína de ligação tinha uma alta semelhança com a da SARS – que matou quase 800 e infectou 8.000 pessoas em todo o mundo em 2002-2003.
Eles também rastrearam a evolução da nova cepa de coronavírus em um banco de dados do governo e descobriram que na árvore evolutiva ela pertencia ao Betacoronavírus.
Os dois compartilhavam cerca de 70 a 80% dos genes, menos do que a semelhança entre porcos e humanos. Suas descobertas sugerem que o perigo representado pela nova cepa de coronavírus, chamada 2019-nCoV, pode ter sido subestimado na comunidade de pesquisa.
*Com informações, The Sun