Ministro da Justiça participou na noite dessa segunda-feira (20) do Roda Viva na TV Cultura colocando a audiência a maior registrada.
Em suma, Moro mostrou elegância, paciência, evitou as cascas de banana, demonstrou respeito e lealdade ao chefe, não alimentou intrigas e fofocas, não cedeu às tentativas de colocarem-no contra o presidente, não expressou ambições políticas, respondeu todas as perguntas de forma objetiva e, dessa forma, levou ao desespero os militantes que desejavam vê-lo em maus lençóis. A audiência foi a maior registrada no Roda Viva da última década. No Twitter a menção (hasthag) foi a toptrend de segunda-feira (20).
A entrevista.
O ministro Sergio Moro se saiu muito bem no Roda Viva, mesmo com essa configuração de ringue em que o entrevistado é alvo de inúmeras tentativas de leva-lo à lona. Ele mostrou total segurança nas respostas. Jornalista tem que apertar mesmo, apesar de que alguns ali mais pareciam militantes diante de um inimigo.
Decência, preparo, espírito público, coragem: são virtudes raras, que merecem ser enaltecidas, valorizadas. O problema não é um povo ter heróis; mas ter os heróis errados! A hashtag #MoroHeroiNacional foi para o topo do Twitter não foi por acaso.
Janaina sobre Moro no Roda Viva.
“Eu acho graça, leio aqui e ali que Moro é submisso a Bolsonaro, que Moro ‘confessou’ que não questiona Bolsonaro em público. Blá, blá, blá… Eu não me lembro de jornalistas perguntarem aos ministros de Lula por qual razão não o questionavam sobre o mensalão. Também não lembro de jornalistas perguntarem aos ministros de Dilma por qual motivo não se constrangiam com o patrocínio de ditaduras.”
Janaina escreveu ainda:
“Querem constranger Moro para que ele saia e deixe o caminho aberto para colocar alguém que compactue com os desmandos de sempre. Querem que ele entre em confronto com o presidente, para que ele caia.”
Janaina, sobre Moro: “Querem que ele entre em confronto com o presidente”.
Sinceramente nunca dei muita importância para isso. Acho que ali tem um monte de bobageira, nunca entendi muito bem a importância para aquilo. Agora, foi usado politicamente para tentar, vamos dizer assim, soltar criminosos presos, pessoas que tinham sido condenadas por corrupção e, principalmente, tentar enfraquecer politicamente o Ministério da Justiça – afirmou, referindo-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
As críticas de Moro.
Moro também criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, que reclamou da quebra do sigilo telefônico do ex-presidente Lula e da então presidente Dilma Rousseff. Ele afirmou que a decisão de Moro influenciou sua decisão de proibir a nomeação de Lula para a Casa Civil.
– Ele tomou a decisão dele na época, ele que assuma a responsabilidade pela decisão que tomou. Nada ali foi objeto de manipulação ou qualquer espécie de falsidade – declarou.
Twitter de Sérgio Moro.
Tentaram pegar Moro, mas não conseguiram.
Em suma, Moro mostrou elegância, paciência, evitou as cascas de banana, demonstrou respeito e lealdade ao chefe, não alimentou intrigas e fofocas, não cedeu às tentativas de colocarem-no contra o presidente, não expressou ambições políticas, respondeu todas as perguntas de forma objetiva e, dessa forma, levou ao desespero os militantes que desejavam vê-lo em maus lençóis.
Outra coisa que chamou a atenção foi a participação de Leandro Colon, da Folha. Não entendo o piti dos militantes do The Intercept e de Glenn Greenwald por não estarem na bancada do Roda Viva. A Folha estava lá já representando a turma! Foi um show de horror à parte.
Não é para puxar o saco não, mas a Jovem Pan, na figura do Felipe Moura Brasil, faz as melhores perguntas, mais técnicas e sem o desejo de lacrar. Convidem alguém da Gazeta do Povo na próxima vez também. O Pravda, digo, a Folha pode ficar de fora: não fará falta alguma.
*Com informações Diário da Amazônia, Gazeta do Povo, Folha de S. Paulo, R7 e Cultura na Web.