Faixa exclusiva reversa da EPTG deixa de funcionar, permitindo que ônibus e demais veículos voltem a circular da maneira usual
A partir desta segunda-feira (13), os usuários das linhas de ônibus que passam pela EPTG contarão com uma novidade, que atende a uma demanda de mais de dez anos encaminhada pela população: os tão esperados ônibus com portas dos dois lados começam a circular no corredor exclusivo durante todos os dias da semana. Os passageiros continuarão embarcando nos abrigos do canteiro central, mas devem observar o lado em que os ônibus irão passar.
A medida é aguardada com expectativa pelos usuários do transporte coletivo. “Até que fim tiraram o projeto do papel”, comemora a operadora de caixa Jovelina Paiva. “O passageiro do DF precisa de mais conforto, segurança e rapidez”, diz ela, que pega ônibus todos os dias na EPTG.
População aprova
“É muito perigoso o passageiro descer pelas portas viradas para a rua”, destaca o auxiliar administrativo Roberto Nogueira, que mora em Brazlândia e trabalha no SIA. “Com a faixa exclusiva para ônibus com portas nos dois lados, teremos mais segurança e rapidez na viagem”, acrescenta Ana Paula Paiva, auxiliar de serviços gerais que mora no Recanto das Emas.
Motorista de transporte público há 33 anos, Antônio Menezes dos Santos também comemora. Ele conta que, durante o período da faixa invertida – iniciado em 18 de março de 2019 –, observou grande melhoria na EPTG.
“Com essa inovação agora, a dos ônibus com portas dos dois lados, com certeza vai ficar muito melhor”, avalia. “O nosso passageiro terá que esperar menos nas paradas e a viagem será mais rápida. Com a facilidade do embarque, a gente consegue melhorar o serviço.”
Linhas para o Plano Piloto
Ao todo, 160 ônibus com portas dos dois lados vão circular no corredor exclusivo. As empresas que farão a operação com os novos coletivos são Urbi, com 46 ônibus; Marechal, com 39 e São José, com 75 veículos. Além disso, 42 linhas passarão pela via, sendo 21 com destino à Rodoviária do Plano Piloto, 15 para a W3 Sul e seis no trajeto para a W3 Norte. No local, também circularão 11 linhas semiexpressas de veículos com porta apenas do lado direito, uma vez que esses ônibus não desembarcam passageiros ao longo da via.
Atualmente, cerca de 65 mil passageiros circulam pela EPTG em linhas com destino à Rodoviária do Plano Piloto, W3 Sul e W3 Norte. Desse montante, aproximadamente 56 mil usuários, o equivalente a 86,4% da demanda, serão beneficiados com as linhas que vão operar com portas dos dois lados. Já as linhas semiexpressas transportam cerca de 9 mil passageiros, o equivalente a 13,6%.
Fim da faixa reversa
Com a chegada dos ônibus equipados com portas dos dois lados, a Secretaria de Mobilidade (Semob) vai encerrar a operação da faixa reversa na EPTG, que consistiu em permitir o trânsito dos coletivos na primeira faixa da via inversa, nos horários de pico entre as 6h e as 9h (sentido Taguatinga-Plano Piloto) e das 17h30 às 19h45 (sentido Plano Piloto-Taguatinga) nos dias úteis.
A faixa reversa possibilitou que os ônibus transitassem com as portas voltadas para as paradas do canteiro central, o que tornou mais ágeis o embarque e o desembarque dos passageiros. A medida, adotada provisoriamente até a chegada dos veículos com portas também do lado esquerdo, alcançou o objetivo de diminuir em até 30 minutos o tempo de viagem no transporte coletivo.
No horário de pico, enquanto os ônibus utilizavam a faixa reversa, muitos carros passaram a utilizar a faixa exclusiva no sentido do fluxo. Com isso, a operação possibilitou aumentar em 20% a fluidez do trânsito.
Acabou a espera
A nova operação na EPTG, com ônibus que permitem o embarque pelo lado esquerdo, põe fim a uma longa espera por parte dos usuários do transporte público coletivo.
A EPTG passou por obras de ampliação concluídas em setembro de 2010. Foram construídas duas vias auxiliares (marginais), com duas faixas cada, além de uma faixa a mais em cada sentido da pista principal, totalizando oito faixas.
Já o corredor exclusivo para ônibus começou a funcionar somente em 31 de janeiro de 2012, mas para uso apenas das linhas semiexpressas. Os passageiros dessas linhas só podiam embarcar e desembarcar nas cidades de origem e não na EPTG, já que os ônibus não paravam ao longo da via.
*Com informações da Semob/Agência Brasília