Quando há pouca oferta de energia devido à redução das chuvas, por exemplo, bandeiras vermelhas ou amarelas são aplicadas nas tarifas, não importando quanto ou em que horário as famílias usam a eletricidade. Mas a partir de amanhã, 1º dia de janeiro, ficará disponível às residências a opção pela tarifa branca, modalidade em que o preço da energia varia de acordo com o dia e horário da semana. Os consumidores devem solicitar o novo tipo de cobrança junto às distribuidoras.
Pode explicar melhor?
A tarifa branca é um mix das bandeiras vermelha, amarela e verde. O preço varia ao longo do dia, e quem gasta energia fora dos horários de pico pagará menos, caso opte pela modalidade.
Se conseguir adaptar o horário de uso, é uma vantagem em relação a quem não opta pela tarifa branca e acaba pagando tarifa amarela ou vermelha independentemente do horário de uso.
Como fica a cobrança?
Nos dias úteis, a cobrança da energia será dividida em três faixas de horário: no horário de pico, entre o fim da tarde e o início da noite, será cobrada tarifa vermelha; a bandeira amarela será aplicada sobre a energia consumira uma hora antes e uma hora depois do horário de pico e, no restante do dia, a tarifa será verde.
O que é horário de pico, ou horário de ponta? O horário em que mais lares usam energia. O período exato varia um pouco em cada região e só vale para dias úteis. Finais de semana e feriados não são considerados horários de pico. Veja algumas relações abaixo:
Cemig – Minas Gerais: 17h às 19h59
Enel – São Paulo: 17h30 às 20h29
Light – Rio de Janeiro: 17h30 às 20h29
CEB – Distrito Federal: 18h às 20h59
CPFL – São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais: 18h às 20h59
CEEE – Rio Grande do Sul: 18h às 20h59
Celesc – Santa Catarina: 18h às 20h59
Coelba – Bahia: 18h às 20h59
Copel – Paraná: 18h às 20h59
Como saber se vale a pena aderir?
É preciso conhecer o seu perfil de uso. No dia a dia, seu consumo e da sua família é feito mais nos horários de pico? Se sim, talvez a tarifa branca não seja uma boa ideia. Agora, se você fizer pouco uso de luz e chuveiro elétrico no chamado horário de pico, a mudança no estilo de cobrança é uma boa.
Quero aderir. Como faço?
O consumidor precisará formalizar a opção na distribuidora a partir de janeiro. A empresa instalará um novo medidor de energia capaz de registrar o consumo nas diferentes faixas horárias.
De onde veio esse modelo de cobrança?
Está aprovado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) desde 2016 e valia apenas para grandes consumidores. Agora passa a valer para unidades consumidoras de baixa tensão (127, 220, 380 ou 440 Volts) e as de consumo acima de 250 kWh/mês. Esse modelo de tarifação é aplicado em países como Canadá, Austrália, Itália, França e Reino Unido.
*Com informações 6minutos