Foto: Breno Esaki / Secretaria de Saúde
Secretaria de Saúde alerta e orienta para os riscos que crianças correm quando estão em casa
As tão sonhadas férias chegaram e a garotada está ansiosa para gastar energia com brincadeiras e atividades. Crianças e adolescentes cheios de disposição, dentro de casa ou em atividades ao ar livre, exigem atenção redobrada para minimizar os riscos à saúde decorrentes de acidentes domésticos e machucados mais graves.
“Nesse período, há um aumento significativo dos acidentes domésticos com crianças. Existem diversas dicas e sugestões para evitar acidentes pediátricos. No entanto, nenhum cuidado é 100% eficaz. Não existe uma maneira técnica de se criar um ambiente totalmente seguro, mas se pode adotar ações que minimizem os acidentes com as crianças, sempre envolvidas em adversidades, descobertas e aventuras”, destaca o gerente da Central de Regulação de Urgências do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) do Distrito Federal, Victor Leonardo Queiroz.
As lesões decorrentes de acidentes (trânsito, envenenamento, afogamento, quedas, queimaduras etc) e violências estão entre as principais causas de morte entre crianças e adolescentes no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. De janeiro até novembro deste ano, o Samu do DF registrou 4.621 ocorrências pediátricas, entre traumáticas e clínicas. No último período de recesso escolar, em julho, foram 349 ocorrências.
Com as férias, crianças e adolescentes passam a maior parte do dia dentro de casa. É preciso buscar orientações para que crianças curtam as férias com segurança. O Samu alerta para orientações que podem reduzir os riscos de acidentes em casa nas férias escolares.
“Os pais devem sempre monitorar as crianças, fazendo uma supervisão direta. A rotina da família deve ser adaptada para que a criança não seja exposta a riscos previsíveis, como janelas sem proteção, piscinas descobertas, fogão e via pública. É preciso ter sempre um supervisor por perto. Equipamentos de proteção individual para esportes é o principal fator negligenciado pelos pais e podem fazer a diferença nas férias de toda a família”, pontua Victor Leonardo.
Saúde
Em casa, no hotel, no parque, na praia ou em colônia de férias, os cuidados com a saúde das crianças não podem ser menosprezados. A preocupação deve estar voltada à hidratação, à alimentação e à exposição solar.
“As férias promovem muita diversão, mas também maior propensão a acidentes, queimaduras solares e desidratação. É preciso manter a criança bem hidratada, oferecer água, frutas e água de coco. Também é importante fazer uma visita ao médico antes das viagens para uma avaliação da saúde. Sempre levar soro para casos de vômitos e diarreia e manter uma alimentação saudável, em estabelecimentos com boa higiene, para prevenir esses episódios”, destaca a responsável técnica da Pediatria, Ivana Novaes.
A pediatra também alerta para não deixar crianças e adolescentes confinados em locais fechados, sem atividades físicas, com tempo longo de uso de telas de celulares e computadores, ou diante da televisão. “Isto ocasiona sobrepeso e obesidade, e priva a criança ou o adolescente de socializar com outros da mesma faixa de idade”, alerta Ivana.
Brincadeiras fora de casa são saudáveis, mas oferecem riscos como atropelamento, afogamento e exposição prolongada ao sol. “É necessário que a família fique sempre atenta para nunca deixar crianças pequenas sem a supervisão de um adulto. Devem-se utilizar protetores solares e roupas com proteção contra os raios solares. No verão, preferir o sol antes das 11h e após as 16h. Repelentes contra insetos não devem ser esquecidos para prevenção à dengue e outras viroses”, pontua a pediatra.
Mas se mesmo com a vigilância permanente o acidente acontecer, ou a criança apresentar problemas de saúde, busque atendimento médico e peça ajuda. Procure a unidade básica de saúde (UBS) mais próxima e informe ao profissional os sintomas. Para pedir socorro em caráter emergencial, disque 192.
* Com informações da Secretaria de Saúde/Agencia Brasília