Meta do GDF prevê inauguração de dez novas unidades educativas e ampliação de convênios
Foi inaugurado na manhã desta terça (26) o Centro de Educação da Primeira Infância Mandacaru (Cepi Mandacaru), na QR 204 de Samambaia. A escola tem capacidade para atender até 150 crianças de até 5 anos de idade, em período integral.
Cada Cepi terá 174 vagas, chegando a 1.740 no total. Somam-se a elas 5 mil outras vagas com Infa ampliação do número de convênios com creches particulares. Foto: Arquivo/ Agência Brasília
O Governo do Distrito Federal (GDF) vai abrir em 2020 mais de 6,7 mil vagas de creches no Plano Piloto e nas regiões administrativas. Somente no primeiro semestre, serão entregues cinco novos Centros de Ensino da Primeira Infância (Cepi), somados a outros cinco ao longo do segundo semestre. Esse é mais um esforço da Secretaria de Educação em reduzir o déficit de vagas no atendimento a crianças de zero a três anos, que hoje chega a 20 mil.
Cada um dos Cepi terá 174 vagas, chegando a 1.740 no total. Somam-se a elas 5 mil outras vagas por meio de uma ação do governo de ampliação do número de convênios com creches particulares. Os recursos de construção das novas unidades, em torno de R$ 35 milhões, têm origem do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), com 100% de contrapartida do governo distrital.
Reduzir o déficit escolar na primeira infância reflete em questões sociais e econômicas, defende o governador Ibaneis Rocha. De acordo com ele, “uma mulher que tem com quem deixar o filho se mantém no mercado de trabalho, tem independência financeira e, inclusive, mais autonomia para não sofrer violência doméstica”.
Secretário de Educação do DF, João Pedro Ferraz ressalta que, apesar da alta demanda recebida em 2019, o trabalho do governo é um grande passo em liquidar ao menos 30%, já neste primeiro ano, da procura por creches. “A busca por vagas é alta, mas nosso esforço está voltado para reduzir sensivelmente essa carência”, avisa.
Extra classe
Além desses benefícios, a Secretaria de Educação estuda a ampliação de vagas na educação integral. Isso ocorreria por meio de convênios com uma rede credenciada que ofereça aulas de idiomas e de ginástica (de preferência os esportes coletivos) e cursos profissionalizantes. A medida está em fase de estudos.
Para os próximos quatro anos, o GDF tem assegurado R$ 12,495 bilhões de orçamento. O Plano Plurianual foi aprovado pela Câmara Legislativa do Distrito Federal. Serão, em média, R$ 3,1 bilhões ao ano para investimentos em diversas áreas, incluindo a educação.
Uniformes e material escolar
Em 2020, o GDF irá investir recursos na distribuição de uniforme escolar a todos os alunos da rede pública de ensino. Atualmente, são 24 mil matriculados. A vestimenta padronizada na sala de aula, além de uniformizar o grupo, dá dignidade àqueles em situação de vulnerabilidade, com baixa renda familiar.
Projetos de contra turno nas escolas também receberão aporte de recursos no ano que vem, como instalação de computadores e compra de tablets no auxílio pedagógico. Cursos preparatórios de professores estão previstos no orçamento da Secretaria de Educação, assim como um inédito programa de avaliação do ensino – dos 5º e 9º, do fundamental, e 3° ano, do médio.
O cartão material escolar, para compra de itens como cadernos, mochila e canetas, também será entregue em 2020 a 75 mil estudantes. Os investimentos previstos para essa destinação são de R$ 33 milhões.
Reforço
A Secretaria de Educação prevê a destinação de R$ 10 milhões na compra de livros didáticos para 192 escolas selecionadas pela pasta e com baixo rendimento escolar. Esse reforço é dado além do material já fornecido pelo Ministério da Educação, mas deve ser ampliado, de acordo com o interesse manifestado por outras das unidades de ensino neste final de ano.
*Com informações Agência Brasilia