Dentro da estratégia de diversificar seus negócios, a rede Marista comprou o colégio IpeMax, em Águas Claras, região de classe média alta do Distrito Federal. O valor do negócio não foi revelado.
O IpeMax tem cerca de mil alunos, com mensalidade média de R$ 1,5 mil, metade do que é cobrado, por exemplo, nas unidades do Marista na Asa Sul, área nobre de Brasília.
A decisão de se aproximar da classe média faz parte do que a rede Marista chama de novos produtos. A meta é incluir na estrutura do Marista escolas mais baratas, algumas com mensalidades médias de R$ 600.
Estrutura
A rede Marista se divide entre o que chama de províncias. São três: uma em Porto Alegre, uma em Curitiba e outra em Brasília. Mas a do Distrito Federal está subdividida.
De um lado, a Centro-Sul e a Sul Amazônia, que pegam as escolas da Asa Sul, com mais de 25 mil alunos. De outro, a Centro-Norte, que inclui a escola Champagnat, em Taguatinga, e a IpeMax, além de unidades nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, totalizando 32 mil estudantes.
Num país mergulhado em uma longa crise econômica desde 2014 — os primeiros sinais de recuperação da atividade, felizmente, começam a aparecer —, os grupos de educação estão partindo para a diversificação. Não dá para focar em apenas um público.
No entender dos analistas, essa estratégia é mais adequada, uma vez que, por causa da recessão prolongada e do elevado desemprego, muitos pais foram obrigados a transferirem seus filhos para escolas públicas.
O Marista acredita que, com a sua chancela, colégios como o IpeMax vão atrair uma classe média ávida por ensino de qualidade. A reativação da economia tenderá a reforçar os negócios do grupo.
*Com informações blogs.correiobraziliense