Foto: Pedro França/Agência Senado
Nova estrutura tarifária foi apresentada nesta segunda-feira (2/12) e deve beneficiar quem consome menos. Para quem consome muito, haverá aumento
A conta de água dos brasilienses vai mudar nos próximos meses. A nova estrutura tarifária de abastecimento de água e esgotamento sanitário foi apresentada nesta segunda-feira (2/12), pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa). Os valores que chegarão aos consumidores serão calculados pelo preço do metro cúbico de água, mais uma taxa mínima. Ao final, a quantia é dobrada, para custear o tratamento de esgoto. A tendência com a mudança é que quem consome menos seja bonificado com tarifas menores. Para quem consome muito, haverá aumento. Ainda não há, contudo, um prazo definido para a nova cobrança.
Atualmente, o consumidor tem a conta calculada com base na tarifa mínima, fixada em 10 m³ (ou 10 mil litros). Mesmo que o brasiliense não utilize a água por um mês, ele paga o equivalente a R$ 31,40. A alteração determina a extinção do consumo mínimo.
A nova resolução indica taxas fixas e variáveis, que variam conforme as categorias: residencial; residencial social; não-residencial; e paisagismo — irrigação (confira tableas com os valores de cada categoria ao fim desta reportagem). De acordo com Paulo Salles, diretor-presidente da Adasa, cerca de 40% dos consumidores pagarão menos nas contas de água.
“Agora, é claro, quem consome mais água, pagará um pouco a mais. Estamos vivendo momentos de crises hídricas, o que é uma discussão em todo o mundo. Por isso, precisamos pensar como manter nossa qualidade de vida, mas consumindo menos água”, analisa Paulo Salles.
O diretor ainda destaca que a medida auxiliará no controle de gastos. “Quem consome mais água, com essa mudança, poderá ficar interessado em diminuir este gasto. Isso porque a água ficará mais cara para quem se excede. É preciso pensar no consumo racional da água e, assim, poderíamos evitar uma nova crise hídrica no futuro”, frisa.
Por meio de nota oficial, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) explicou que tem cinco meses para se adaptar a mudança no cálculo da tarifa
Residencial
de água e esgoto. "Com isso, evitam-se distorções nas faturas e assegura a cobrança de água em valores mais justos para a população do Distrito Federal", salienta a pasta.
Preço por categorias
(foto: Adasa/Divulgação)
Residencial social
(foto: Adasa/Divulgação)
Não-residencial,Comércio e Poder Público
(foto: Adasa/Divulgação)
Indústria
(foto: Adasa/Divulgação)
*Com informações Correio Brasiliense