Foto: Renato Alves / Agência Brasília
Rede Humana Magna vai investir R$ 30 milhões em centro hospitalar com capacidade de 100 leitos e deve gerar 250 empregos diretos e 400 indiretos
O Distrito Federal vai Hospital de Transição. Nesta terça-feira (26), o governador Ibaneis Rocha recebeu representantes da rede Humana Magna para tratar da construção de um centro hospitalar com capacidade de 100 leitos para atender a população nos cuidados de desospitalização – processo de saída de um paciente de um hospital, mas que, muitas vezes, ainda necessita de atenção após receber alta, seja para reabilitação por incapacidade temporária ou definitiva, longa permanência ou finitude.
Esse tipo de hospital é bastante difundido na Europa e nos Estados Unidos e está em crescimento no país. Aqui, o investimento é na ordem de R$ 30 milhões e vai gerar aproximadamente 250 empregos diretos e 400 indiretos. A inauguração está prevista para a virada de 2021 para 2022. Hoje, o Hospital de Transição encontra-se na fase de protocolo de projeto.
“O Brasil é um país que envelheceu rápido e acompanhou toda uma mudança de perfil demográfico e epidemiológico. Somos um país de pessoas bastante envelhecidas como o mundo, que já amadureceu seja nos Estados Unidos ou Europa. Então, temos um número grande de pessoas que vão entrar em cuidado médico em algum momento, doenças sem cura e que necessitam de tratamento intensivo. Pacientes que vão precisar disso em um hospital, home care ou em instalações como a que estamos trazendo”, aponta o CEO da Humana Magna, Arthur Hutzler.
Nesta terça-feira (26), Ibaneis Rocha conversou com Arthur Hutzler e o coordenador de expansão da Humana Magna, Rafael de Ulhôa Cintra Opice. O chefe do Executivo se mostrou disposto a colaborar para a longevidade do empreendimento no DF. “A capital tem todos os indicadores a qualquer tipo de empreendimento e vem crescendo muito na estrutura hospitalar. Ouvimos, por décadas, que o melhor hospital de Brasília era o aeroporto, e isso mudou. Brasília tem tudo para ser um polo regional e até nacional de saúde. A cidade tem atraído muitos investimentos”, acrescenta Hutzler.
Cuidado com o idoso
A atual gestão está atenta e sabe que, em 2060, o percentual de idosos no Brasil vai chegar a quase 33% da população, de acordo com projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por outro lado, a quantidade de adultos entre 30 e 59 anos vai cair para 38%.
O percentual de maiores de 60 anos vai ultrapassar o de crianças e jovens entre 0 e 19 anos (17,4%), que hoje representam 30% da população. Formato que vai exigir alterações profundas no padrão de demanda por serviços.
Lançado em maio, o Plano Estratégico do Distrito Federal 2019/2060 (PEDF), norteador das ações do GDF para que a capital chegue ao seu centenário atendendo as demandas atuais da população – e, também, as necessidades das gerações futuras -, trata o envelhecimento da população como uma grande preocupação para a atuação eficiente do Estado. A saúde é um dos três eixos relacionados à pessoa idosa (os outros são desenvolvimento social e territorial), indicados como prioridade.
Na saúde pública, por exemplo, está prevista a ampliação dos serviços ofertados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), com a infraestrutura adequada de pessoal e equipamentos (desfibrilador, ultrassom obstétrico e eletrocardiógrafo) e uma maior cobertura da estratégia de saúde da família.
O número de unidades e de equipes em Planaltina; Recanto das Emas; Samambaia; Vicente Pires; Águas Claras; Plano Piloto; lagos Sul e Norte; Fercal; Ceilândia; Paranoá; Jardim Mangueiral; Sobradinho; Santa Maria e Estrutural também vai aumentar.
*Com informações Agência Brasília