A data promove a conscientização, prevenção e mobilizam pessoas e instituições na importância do atendimento imediato.
Os dados são alarmantes. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) leva a óbito mais de 100 mil pessoas por ano no Brasil. E as noticias não são das melhores já que a estimativa é que 18 milhões de casos poderão ocorrer apenas este ano no mundo e, em 2030, pode chegar a 23 milhões. A necessidade de reconhecer e tratar o AVC são muito importantes, já que pelo menos, 50% dos sobreviventes fica com sequelas graves.
Neste Dia Mundial do Combate ao AVC, 29 de outubro, a preocupação é que grande parte da população mundial está em risco e a situação tende a piorar. Portanto, é preciso estar atento para reconhecer os sinais emitidos pelo corpo, por se tratar de uma doença grave e silenciosa, sendo a prevenção o melhor caminho para se evitar o AVC.
Aprender a reconhecer os sinais precoces do AVC é muito importante. A agilidade no atendimento inicial possibilita a utilização de um medicamento que dissolve o coágulo que obstrui a artéria cerebral, causadora dos sintomas em até 4,5 horas do início dos sintomas. A rapidez na administração do medicamento possibilita uma melhor recuperação neurológica, minimizando as sequelas mantendo uma boa qualidade de vida, já que a cada minuto a partir do início do AVC, perde-se cerca de 1,9 milhões de neurônios.
Tipos de AVC
O AVC é dividido em 2 subtipos, sendo: Isquêmico: quando ocorre a obstrução de uma artéria cerebral, e Hemorrágico: quando ocorre um extravasamento de sangue. De acordo com o clínico geral e cardiologista Marco Antônio Dias, existe alguns tipos de acidentes, e cada qual com uma consequência. Há um grupo de pessoas que tem perfil mais propenso a desenvolver o AVC Isquêmico, causado por formação de placas de ateroma (gordura) nas artérias carótidas e cerebrais. Essas placas de gordura promovem uma obstrução da artéria, levando a falta de fluxo sanguíneo para o cérebro, que por falta de oxigênio e nutrientes, tem morte das células comprometidas.
Outro tipo é o Isquêmico embólico, causado por um coágulo de sangue que se desprende do coração e se dirige ao cérebro, obstruindo as suas artérias e com as mesmas consequências relatadas acima.
Um novo tipo, segundo o especialista, menos frequente, é o hemorrágico. Resultado da ruptura dos vasos sanguíneos cerebrais, provocando hemorragia dentro do cérebro, que também sofre danos, geralmente mais graves. Já o trombótico ocorre mais frequentemente nos pacientes portadores de hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, dislipidemia (excesso de colesterol e triglicérides), tabagismo crônico, excesso de ácido úrico, estresse emocional, sedentarismo, obesidade, entre outros menos comuns.
“Neste último caso, a partir dos 40 anos para homens e 50 anos para as mulheres, todos deveriam fazer um exame preventivo, tanto dos fatores de risco, quanto das condições das artérias carótidas e do próprio coração. Geralmente provoca sequelas, potencialmente graves, mas o indivíduo pode ficar totalmente sem sequelas (depende de vários fatores, entre eles, idade mais jovem).” declara.
Sinais
Fique alerta caso haja fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna e em um lado do corpo, confusão mental, alteração da fala ou compreensão da linguagem, alterações visuais (perda súbita/escurecimento visual), alteração do equilíbrio, perda de coordenação motora, tonturas e dor de cabeça súbita e intensa, sem causa aparente. Esses são os sinais mais comuns. Ao perceber alguém ao redor, ou até mesmo sentir qualquer um desses sintomas, tome nota do horário em que começaram e procure imediatamente atendimento médico.
Facilitadores
Existem alguns fatores de risco que podem ser atenuantes para um AVC, que controlados podem diminuir consideravelmente a viabilidade de um Acidente Vascular Cerebral e suas complicações. São elas:
- • Doença vascular periférica
- • Doenças cardíacas
- • Tabagismo
- • Hipertensão arterial
- • Diabetes
- • Sedentarismo
- • Colesterol alto
- • Uso de anticoncepcionais
- • Álcool e drogas ilícitas
Prevenções
Podendo ocorrer em qualquer idade, o AVC possui maior incidência a partir dos 45 anos. Já a partir dos 55 anos o risco de se apresentar o problema dobra a cada década de vida. Cerca de 80% dos casos, entretanto, podem ser prevenidos. Mantendo um acompanhamento médico preventivo e adotando uma vida mais saudável, as chances de se prevenir um AVC são muito maiores. As recomendações dos cuidados preventivos para garantir sua saúde, já são velhos conhecidos, alimentação saudável, parar de fumar e praticar exercício físico regularmente. E para os que lidam com a pressão alta, a dica sempre tomar seus remédios conforme prescrição médica. Já para os diabéticos, redobrar atenção na dieta, e manter a glicemia controlada juntamente com sua medicação indicada.
AVC em jovens
Engana-se quem pensa que o acidente vascular cerebral (AVC), afeta somente idosos. Os jovens não estão livres da doença caso não se previnam, mesmo que seja mais comum em pessoas acima de 55 anos, o aparecimento da doença em pessoas mais jovens está mais associado a alterações genéticas.
Esse aumento no número de jovens que sofrem AVC ocorre também devido a hábitos pouco saudáveis dos mais novos e por causa dos métodos atuais de diagnósticos mais precisos.
*Informações Dr Marco Antônio Dias/Fonte www.jj.com.br