"Greenpeace podia ajudar a limpar óleo das praias. Prefere fazer vandalismo"
"Na quarta-feira (23) houve uma tristeza, o Greenpeace negou sua própria origem porque sujou em vez de limpar. Ao invés de estar no Nordeste ao lado de voluntários para tirar o petróleo que está nas praias, sujou a frente do Palácio do Planalto e interrompeu o trânsito.
Eles jogaram tanto lixo no chão que depois que foram embora os lixeiros levaram quatro horas para retirar seis toneladas de lixo. O pessoal da limpeza do Palácio do Planalto ficou limpando manchas de óleo na rampa de mármore.
Uma pena que eles tenham feito isso. Foram 17 detidos, mas não ficaram presos. Eles assinaram um compromisso de voltar a Justiça para responder por crime contra a ordem urbana e despejo de lixo em área pública."
Fonte: Gazeta do Povo - Alexandre Garcia
O protesto
Cerca de 20 pessoas participaram da manifestação. O grupo espalhou um líquido preto sobre uma lona em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, para simbolizar as manchas de petróleo que castigam o litoral do Nordeste desde o início de setembro. Vestidos de preto e empunhando cartazes, os participantes criticaram a lentidão do governo federal para conter o desastre.
As faixas exibiam mensagens como "Pátria queimada, Brasil", "Um governo contra o meio ambiente" e "Brasil manchado de óleo".
O porta-voz de clima e energia da ONG, Tiago Almeida, afirmou a imprensa durante o protesto que o objetivo é "chamar a atenção das autoridades e da população para a importância da gestão responsável dos recursos ambientais".
"O governo precisa colocar em prática, de maneira efetiva e correta, o Plano Nacional de Contingência, combater esse óleo e proteger as populações que estão sendo afetadas", disse. "As pessoas estão colocando a própria saúde em risco."
Em sua conta no Twitter, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, chamou os manifestantes de "ecoterroristas" e repetiu uma afirmação de que o Greenpeace não estaria ajudando nos esforços de combate às manchas de óleo que já atingiram mais de uma centena de praias do Nordeste.
"Não bastasse não ajudar na limpeza do petróleo venezuelano nas praias do Nordeste, os ecoterroristas ainda depredam patrimônio público", escreveu Salles.