Com previsão de entrega para abril de 2020, o espaço – situado próximo à Cidade do Automóvel – conta com investimentos na ordem de R$ 53 milhões e deve gerar 750 postos de trabalho para os catadores de materiais recicláveis.
Dois centros de triagem e reciclagem (CTR) e uma central de comercialização (CC) de materiais recicláveis serão abrigados em uma área de 80 mil m². E as obras já estão avançadas, o Centro de Comercialização está 98% concluído, enquanto um centro de triagem está 70% pronto e o outro 50%.
A Central de triagem é aonde inicialmente são recebidos os resíduos que vêm da coleta seletiva. Separado, classificado, pesado, prensado, esse material é então conduzido para a central de comercialização, onde ocorre o processo de beneficiamento, estocagem e comercialização. Trabalho esse que será executado com aparelhos de última geração e instalações com acessibilidade.
Trabalhando com quatro vertentes fundamentais para o melhor uso dos resíduos e coleta seletiva no Distrito Federal, a construção do complexo de reciclagem implica em: técnica, econômica, social e ambiental. O caráter técnico visa a recuperação desses rejeitos, de materiais que iriam para o aterro e, com a nova estrutura, voltam para a cadeia produtiva de reciclagem.
Não menos importante, a causa ambiental agradece. Afinal, os resíduos deixam de ser enterrados e a questão econômica e social diz respeito à contratação de catadores, a geração de renda e a rentabilidade no mercado de reciclagem.
Com duas centrais de triagem em funcionamento, uma no Setor P Sul, em Ceilândia, e a outra no Scia, o DF tem previsão de que até 2020 mais três sejam entregues: em Brazlândia, Sobradinho e São Sebastião. A viabilização dessas unidades faz com que o trabalho com resíduos ocorra em estruturas adequadas e acabando com o custo de aluguel de galpões improvisados.
Glauco Amorim da Cruz, coordenador de implementação da política de resíduos sólidos da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), explica que “O DF hoje coleta aproximadamente três mil toneladas de resíduos urbanos. Uma parcela desses resíduos vai para o aterro sanitário. A expectativa é com a ampliação da coleta seletiva esse número passe a cinco mil toneladas por dia”.
Fruto de um contrato de colaboração firmado entre o GDF e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) o complexo de reciclagem se ergue para alavancar o progresso na questão. A Companhia Urbanizadora de Brasília (Novacap) viabilizou a obra e a Secretaria do Meio Ambiente atuou como executora do contrato. O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) vai gerir e operar o espaço junto a cooperativas e associações de catadores.
O GDF, por meio do SLU, mantém 29 contratos com cooperativas e associações, envolvendo 1.213 catadores de recicláveis que atuam na prestação de serviços de coleta seletiva e triagem. Ofertar um espaço com estrutura e maquinário adequados ajuda o serviço de coleta e reciclagem no DF crescer.
“A nossa intenção é que ele seja um grande centro de integração entre as centrais de cooperativas do DF. Vamos ter aprimoramento, eficiência e eficácia no processamento de resíduos recicláveis na capital”, aponta Francisco Mendes, assessor especial da diretoria técnica do SLU.