Hoje, dia 11 de outubro se celebra o Dia Mundial da Obesidade. Na campanha deste ano, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e a Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica trazem a mensagem sobre a importância do combate à discriminação por causa do peso e de tratar o assunto com respeito. "Obesidade Eu Trato com Respeito", é o tema da campanha.
“É fundamental aumentar a conscientização sobre prevalência, gravidade e diversidade do estigma do peso. Os retratos da obesidade na mídia frequentemente reforçam estereótipos imprecisos e negativos sobre as pessoas obesas, o que pode levar ao estigma do peso. As campanhas pedem uma movimentação para acabar com o uso de linguagem e imagens estigmatizantes e retratar a obesidade de maneira justa, precisa e informativa”, dizem as entidades.
A obesidade é fator de risco e agravante de doenças como diabetes, doenças cardiovasculares, asma, gordura no fígado e até alguns tipos de câncer, além de reduzir a qualidade de vida. O tratamento deve ser contínuo e acompanhado por profissionais capacitados para que o quadro não piore com o passar dos anos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) proclamou a data em 2015 para apoiar soluções que ajudem as pessoas a alcançar e manter um peso saudável e estimular políticas de combate a esse problema de saúde pública. Cerca de 13% da população adulta do mundo é obesa. No Brasil, mais da metade dos brasileiros, 55,7%, estão com excesso de peso e a prevalência da obesidade é de 19,8%.
Distrito Federal
A última pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, mostrou que 51,6% da população do Distrito Federal têm excesso de peso (índice de massa corporal acima de 25), e 18%, obesidade (IMC acima de 30).
Foram entrevistadas 52.395 pessoas no país, sendo 2.092 na capital, o que trouxe questionamentos sobre exercícios físicos, a quantidade de frutas presentes na dieta, consumo de refrigerantes, entre outros hábitos. Entre os participantes, 15,5% por exemplo, disseram tomar refrigerante cinco ou mais vezes semanalmente.
Camila Pedrosa, nutricionista da Viver Nutrição e Gastronomia, diz que as causas da obesidade estão relacionadas com estilo de vida envolvendo maus hábitos alimentares, sedentarismo e fatores psicossociais como transtorno de ansiedade ou depressão. Além disso, o excesso de peso pode ser fator de risco para várias doenças, como: pressão alta, apneia do sono, doenças cardiovasculares e diabetes tipo II.
A nutricionista ainda salienta que nem toda pessoa que está com peso “ideal”, possui uma alimentação saudável “Hambúrguer, doces e principalmente fast food é uma verdadeira tentação com a vida mais acelerada que as pessoas estão vivenciando ao longo dos últimos anos. Mas, é bom relembrar que é preciso manter equilíbrio”, afirma a nutricionista.
Ela explica que não é necessário tirar completamente essas refeições do cardápio. “Em alguns momentos é possível saborear alimentos mais calóricos, desde que a pessoa no geral tenha uma alimentação saudável. Porque, quanto mais você consome esse tipo de comida, mais o seu paladar prefere os sabores condimentados. Assim, a tendência é que vegetais e frutas que possuem o sabor mais discreto não agrade o paladar que já está mal-acostumado”.
Camila alerta que é importante ter um acompanhamento e optar por alimentos menos calóricos evitando os problemas de saúde que podem surgir a curto, médio e longo prazo. Ou seja, é sempre melhor consumir alimentos naturais. “Nós recomendamos desembalar menos e descascar mais, ou seja, comer comida de verdade”, complementa a especialista.
Existe também a necessidade de atenção em todas as fases da vida, pois a prevenção e formação de um bom hábito alimentar começam ainda na vida intrauterina. A ingestão de alimentos calóricos pela mãe tem relação com os centros cerebrais do apetite do feto. O índice de crianças obesas é alarmante e já há quem diga que se nada mais ousado for feito, esta geração de crianças poderá ser a primeira que viverá menos que os seus pais.
Portanto, coma melhor para viver mais tempo. Mudanças na dieta como aumentar o consumo de verduras, frutas, peixes, além de diminuir carnes processadas e bebidas açucaradas reduzem a chance de morte prematura em 20%.
*Colaborou Agencia Brasil