A oposição se posicionou firmemente com sua opinião onde caracterizou o discurso do Presidente Jair Bolsonaro na Assembleia da ONU como agressivo, contudo, o presidente foi categórico e firmou que de fato, em sua avaliação, foi “verdadeiro”.
Negando que seu discurso tenha sido severo, o presidente declarou que “Na ONU, as pessoas vêm para enxugar gelo e passar pano, nós não fizemos isso de forma bastante educada e objetiva”, e que “O Brasil tinha uma posição muito servil de não falar de igual para igual com os chefes de Estado”, declarou. Bolsonaro ainda disse que não viu ninguém se retirando durante o seu discurso.
O presidente falou à base interna e a seus aliados no cenário global. Ao longo de 32 minutos, reforçou suas principais ideias ao mundo na Assembleia Geral da ONU em Nova York. Num discurso impecável para manter coesa sua base fiel ao Brasil, desafiando seus críticos no cenário doméstico e mundial, questionou o "socialismo" e defendeu o golpe militar de 1964 como uma vitória contra a influência comunista cubana na região. Sem receio de boicotes globais ao agronegócio brasileiro, também resguardou sua política ambiental para a Amazônia, que reivindicou como um tema apenas brasileiro, repreendendo as extensões de terras destinadas aos povos indígenas em meio à crise de imagem por causa das queimadas recordes na floresta.
Em sua página no Facebook o presidente ele postou que na ONU, levou a palavra firme do Brasil, dando voz aos verdadeiros anseios e valores do amado povo. “Estamos construindo um país mais próspero, onde a liberdade, a inviolabilidade de nossa soberania e a vontade dos brasileiros são os três alicerces que nos darão sustentação”.
O Ministro da Justiça Sérgio Moro se manifestou no Twitter, “Discurso assertivo na ONU, pontos essenciais, soberania, liberdade, democracia, abertura econômica, preservação da Amazônia, oportunidades e desenvolvimento para a população brasileira”.
Em uma entrevista exibida na noite de terça-feira (24), pela Band, Bolsonaro falou sobre o encontro que terá com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Antes não havia uma relação de confiança entre Brasil e Estados Unidos, mas agora temos, com a chegada do nosso governo”, afirmou. O presidente voltou a considerar que o Brasil corria o risco de virar socialista. “Se uma Venezuela incomoda muita gente, imagina um país do tamanho do Brasil”, disse.
Já ao SBT, o presidente Jair Bolsonaro disse em entrevista gravada exibida também na noite de terça-feira, 24, que não há clima para conversar com o presidente da França, Emmanuel Mácron.
A declaração foi dada pós o presidente brasileiro ter criticado Macron em seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, e um mês depois de os dois terem trocado farpas em razão das queimadas na Amazônia.
“Eu estive com ele (Macron) em Osaka (no Japão, para encontro do G-20), numa agenda reservada, e ele quis impor sua agenda, mas não obteve sucesso. Quando apareceram as queimadas na Amazônia, que estão abaixo da média dos últimos 15 anos, ele foi para a agressão, me chamou de mentiroso, dizendo que a soberania brasileira tinha de ser discutida no tocante à Amazônia. Não tem clima para conversar com ele”, disse Bolsonaro.
Confira o discurso na íntegra https://youtu.be/KVOmscIRStg