Com o intuito de ajudar a prevenir novos casos de suicídio, a Secretaria de Saúde lançou o “Oi Vida”, um hotsite que leva informações de utilidade pública sobre o autoextermínio, utilizando uma linguagem leve e simples.
A plataforma foi apresentada nesta segunda-feira (23), durante a Jornada de Prevenção ao Suicídio do DF, e conta com diversos recursos. Entre os conteúdos principais estão os sinais e sintomas do suicídio e a rede de contados da saúde pública para assistência e casos de emergência.
A diretora de Serviços de Saúde Mental, Elaine Bida, destacou que o “Oi Vida” é uma ferramenta importantíssima para dar suporte, tanto para as pessoas que estão precisando, quanto para as que querem ajudar. “Ele serve para o público especializado, para o leigo e para todos os que se interessam pelo tema. Esta é mais uma ferramenta importantíssima para o trabalho de prevenção que realizamos”, informou.
No Oi Vida é possível, ainda, deixar uma mensagem, uma palavra de apoio ou até mesmo um desabafo, afinal, o diálogo e a escuta são fundamentais para quem está precisando de ajuda. “Todos nós temos dias ruins, e não há nada melhor do se sentir acolhido nesses momentos”, enfatiza um texto introdutório da ferramenta.
O internauta pode compartilhar fotos ou vídeos com a hastag #OiVida no Instagram para fortalecer a plataforma e criar uma corrente do bem. O objetivo da galeria é ajudar a proporcionar sorrisos reais e mostrar que a vida é fundamental, o maior bem humano. O hotsite foi desenvolvido pela Assessoria de Comunicação da pasta em parceria com a Diretoria de Serviços de Saúde Mental.
Dados
Foram apresentados alguns dados sobre o suicídio durante a jornada, que é a segunda maior causa de mortes no mundo. Em oitava posição, o Brasil é país com maior número absoluto de suicídios. Transtornos mentais estão presentes em 98% das pessoas que se suicidam, sendo a depressão o principal deles.
“A Organização Mundial de Saúde estima que haja dez tentativas não quantificadas para cada suicídio cometido. Temos de abrir os olhos para os atendimentos feitos nos Caps, Upas e, principalmente, na Atenção Primária”, comentou Fernando Albuquerque, membro do Comitê Nacional de Prevenção ao Suicídio do Ministério da Saúde.
Foram notificadas até 1º de agosto deste ano, 78 mortes por suicídio no Distrito Federal, sendo 57 homens e 21 mulheres. A faixa etária de maior prevalência está entre 20 e 29 anos de idade, com 20 óbitos, seguido de pessoas com idade entre 30 e 39 anos (14 mortes).
Durante o mês inteiro, várias instituições têm participado de ações em todo o Brasil, como parte da Campanha do Setembro Amarelo, uma iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e do Conselho Federal de Medicina (CFM). O Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio é lembrado em 10 de setembro.
Com informações da Agência Brasília.