A interdição imposta na manhã desta terça-feira (6/8) pelo Brasília Ambiental, após denúncias de poluição sonora, causou reação na organização do projeto Na Praia. Localizado na Concha Acústica, o evento está proibido de emitir ondas sonoras mecânicas ou de música ao vivo. Para os produtores do evento, a decisão é contestável, pois a área é destinada a lazer. Um pedido de liminar na Justiça, será enviado pela empresa organizadora nas próximas horas com para que a interdição seja suspensa e os shows a partir de quinta-feira até o momento estão mantidos.
O Brasília Ambiental alegou que a organização do evento não vem cumprindo o limite permitido de 55 decibéis, no período diurno, e 50 decibéis, no período noturno, medições destinadas à área mista, predominantemente residencial e de hotéis, segundo a Lei 4.092/2008, por isso emitiu a interdição.
O Na Praia argumenta em sua defesa que o espaço do evento é destinado a área de lazer mista, com vocação recreativa. "Aquela área é destinada a lazer, tanto que a norma de gabarito que a gente tem daquela área destaca isso. Então, entendemos que os limites têm que ser de 65 decibéis, até as 22h, e de 55 decibéis, após esse horário", ressalta o advogado Fabricio Rodovalho. O advogado afirma que o Na Praia não pode ser notificado como o único causador de barulho na região. "É importante frisar que há outras fontes de ruídos, como lanchas, balsas e bares", justifica.
Segundo Rodovalho, para minimizar os sons emitidos pelo complexo, a produção contrata, desde 2016, uma equipe de arquitetura acústica, para a produção de barreiras sonoras e organização da posição das caixas de som. O evento recebe nesta quinta-feira (8/8), o show do Roupa Nova e a empresa afirma que até o resultado da ação judicial, os shows estão mantidos. Caso a decisão não seja favorável aos organizadores, quem tiver comprado ingresso, terá 100% do valor reembolsado.