Uma paciente de 46 anos, internada no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF), recebeu um novo coração doado em Vitória da Conquista, na Bahia. Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e um helicóptero do Corpo de Bombeiros do DF auxiliaram no transporte do órgão.
O tempo máximo que um coração pode ficar fora de peito, até ser transplantado, é de quatro horas e o trajeto de quase 800 quilômetros foi feito em duas horas e meia.
Segundo a Secretaria de Saúde, a mulher que recebeu o órgão passa bem. O doador sofreu um acidente de trânsito e não resistiu aos ferimentos. No DF, 901 pessoas estão na fila a espera de um transplante
Conforme a Central Nacional de Transplantes, quando há doação e o estado não tem condições de fazer o transplante – por não ter receptor, ou não ter logística viável – é feito um estudo para saber qual localidade tem melhores condições de receber o órgão.
De acordo com a diretora da Central Estadual de Transplantes do DF, Joseane Gomes Fernandes Vasconcellos, "a escolha do DF ocorreu porque a paciente estava classificada como grave e urgente. Além disso, era o local que teria condições de fazer o transporte do órgão com maior agilidade".
O Distrito Federal com mais essa cirurgia, chega a 20 transplantes de coração em 2019. Em todo o ano de 2018 foram feitos 34 procedimentos desse tipo.
Transplante
Quando as medidas clínicas e cirúrgicas para o tratamento de insuficiência cardíaca foram esgotadas e a expectativa de vida do paciente não ultrapassa dois anos o transplante de coração é indicado, e para receber o órgão, o potencial receptor deve estar inscrito em uma lista de espera.
A lista é única, organizada por estado ou região e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes e por órgãos de controle federais. A ordem de inscrição, a compatibilidade e a gravidade de cada caso são levadas em consideração na hora de eleger quem vai receber o órgão.
Se existe um doador elegível (com morte encefálica confirmada), após a autorização da família para que ocorra a retirada dos órgãos, a Central de Transplantes emite a lista dos potenciais receptores e informa às equipes de transplante que os atende.
No DF, são realizados transplantes de coração, fígado, rins e córneas de doadores falecidos. Também são feitos transplantes de medula óssea, que seguem outro protocolo para a doação: pode ser realizado com células do próprio paciente, de doador aparentado ou de doador anônimo, cadastrado no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).