A Secretaria de Segurança Pública tem como objetivo que até o fim do ano 10 colégios recebam atuação militar, intensificando a presença da PM em mais seis escolas a princípio. A declaração é do secretário da pasta, Anderson Torres. Do início do ano até agora já são quatro instituições militarizadas CED 3, em Sobradinho; CED 7, em Ceilândia, CED 1, na Estrutural e CED 308, no Recanto das Emas.
Torres disse que tem procurado apoio para expandir a ação. "Vejo esse projeto com muito bons olhos. Nossa ideia é chegar a 10 a cada ano. Mas para conseguirmos isso, custa caro, precisamos de patrocínios", explicou. "Estive com o ministro da Educação, porque é um projeto federal e estamos acompanhando de perto as comunidades que receberam o modelo", acrescentou.
Ele evidenciou ainda, que até o fim do governo sejam 40 escolas militarizadas. "Estamos organizando isso junto com o secretário (de Educação) Rafael (Parente). Se tudo ocorrer bem e conseguirmos o financiamento para isso, porque realmente é um projeto caro, creio que conseguimos chegar até o fim do governo com 40 escolas", afirmou. "Estive com o ministro da Educação por duas vezes e mostrei a ele essa necessidade", alegou.
Feminicídio
O secretario também citou durante a entrevista o mapeamento dos crimes de feminicídio pela Secretaria de Segurança Pública. Ele afirma que os crimes estão sendo investigados com mais prioridade e voltou a reforçar que, segundo os dados, os assassinatos têm ocorrido dentro de casa. De acordo com o secretário, os agressores demonstram atitudes violentas antes de praticar o crime.
"Esse é um tipo de crime que não nasce pronto. Lendo vários depoimentos, vi que as agressões vão aumentando até o crime ser praticado. Iniciamos a campanha Meta a Colher, porque acreditamos que é uma maneira de combatermos o feminicídio, que geralmente é motivado por ciúmes e o sentimento possessivo do parceiro", consolidou o secretário.
O aumento de posse e porte de arma não irá refletir nos casos de feminicídio segundo ele, já que, pelo levantamento da pasta, 50% dos crimes são praticados com armas brancas. "Na maioria das vezes, o homem enforca a mulher, a joga pela janela. Acho que a questão do armamento é delicada e deve ser estudada. É uma mudança política que precisa ser avaliada", afirmou.
Redução de homicídio
O secretário ressaltou que nos primeiros seis meses de governo, houve uma redução significativa no número de homicídios em todo o DF. E que a estratégia de colocar mais policiais na rua tem aumentado a sensação de segurança da população.
"Além disso, a retomada da Polícia Civil e operações policiais tem desmantelado várias organizações criminosas, o que diminui vários casos. Em média, por semana, três operações ocorrem no DF", destacou