A UNB foi classificada em quatro áreas de conhecimento pelo Global Ranking of Academic Subjects, avaliou mais de 4 mil instituições de ensino superior.
De acordo com o Global Ranking of Academic Subjects mais recente, publicado em 26 de junho de 2019, a Universidade de Brasília (UnB) está entre as 300 melhores do mundo na área de ciências médicas. Realizado anualmente desde 2017, o ranking desta vez, avaliou mais de 4 mil universidades de 86 países.
Feita por áreas de conhecimento, a pesquisa é distribuída entre 54 em cinco grandes grupos: ciências naturais, engenharias, ciências da vida, ciências médicas e ciências sociais. E em quatro deles, a UNB obteve os seguintes resultados:.
Posições da Universidade de Brasília (UnB) no Global Ranking of Academic Subjects de 2019 — Foto: Marcelo Jatobá/Secom UnB/Divulgação
O ranking enumera as primeiras 50 universidades classificadas para todos as áreas de conhecimento. A partir da 51ª colocada, as instituições são agrupadas em blocos de 100. A Universidade de Brasília não chegou a se classificar no grupo de "engenharias".
Indicadores de produtividade e qualidade das pesquisas, extensão da colaboração internacional, impacto dos projetos e reconhecimentos acadêmicos, são considerados pela pesquisa.
Cláudia Amorim, diretora do Decanato de Pesquisa e Inovação da UnB, ressalta que mesmo não estando entre as 50 melhores colocadas no ranking, os resultados obtidos pela universidade são positivos.
"A gente nem aparecia antes, o que demonstra uma evolução clara. E isso ocorre de maneira natural, porque não trabalhamos para alcançar boa colocação neste ranking", relatou.
A área de ciências médicas, que levou a UnB às melhores colocações, é a que tem a melhor infraestrutura de pesquisa. “Grande parte dos laboratórios da universidade (46%) são desta área, o que faz muita diferença para manter os projetos”, concluiu Cláudia Amorim.
A UnB dispõe atualmente de 559 laboratórios, 65 núcleos e 27 centros de pesquisa, além de 60 unidades de apoio ao desenvolvimento científico, como bibliotecas, biotérios, observatórios, usinas, fábricas, viveiros, museus e coleções.
Ainda segundo a diretora do Decanato de Pesquisa, a universidade tem buscado diálogo com os setores produtivos, com os governos e a sociedade civil para melhorar a aplicabilidade e, consequentemente, ampliar o impacto das pesquisas desenvolvidas. Disse que a ciência política e a economia, citadas no ranking, já fazem muitas parcerias com o governo, por exemplo.
”A matemática, que também nos trouxe um bom resultado, é uma área altamente internacionalizada, com 98% da produção científica pulverizada fora do Brasil", e afirma que a UnB também tem outras áreas de excelência, mas que não apareceram no ranking, como a pós-graduação em antropologia e os estudos de linguística.
"Algumas áreas, geralmente de humanas, têm mais dificuldade de aparecer em rankings, por conta da forma de avaliação." Segundo ela, aumentaram em quase 100% o impacto de citações de autores e pesquisas da UnB, isso nos últimos 6 anos.
As primeiras no ranking mundial
De acordo com a pesquisa, as universidades dos Estados Unidos obtiveram os melhores resultados, ficando em 1º lugar em 35 das 54 regiões de conhecimento.
Harvard levou o título de melhor universidade do mundo, segundo o levantamento. A universidade levou "medalha de ouro" em 14 rankings, sendo 7 em ciências sociais, 3 em ciências médicas, 2 em ciências da vida e 2 em engenharias.
As instituições de ensino superior da China dominaram em 11 subáreas, sendo este o segundo melhor resultado para um país. Reino Unido (2), Singapura (2), Nova Zelândia (2), França (1) e Bélgica (1) também conquistaram o 1º lugar em, pelo menos, um ranking.
Critérios
Desenvolvendo a pesquisa mundial por áreas de conhecimento, a Shanghai Ranking Consultancy, também realiza, um ranking anual voltado para o desempenho acadêmico em geral desde 2003.
As instituições são classificadas pelo Academic Ranking of World Universities, com base em critérios como professores premiados, medalhas e artigos publicados em periódicos reconhecidos. A pesquisa envolve mais de 1.200 universidades do mundo e faz um ranking com as 500 melhores.