Sem dúvidas, um dos destinos mais queridos pelos brasilienses é o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Situado 250 quilômetros de Brasília, quem escolheu a unidade de conservação para passar as férias de julho deve ficar atento às novidades do parque, pois uma taxa de entrada no ponto turístico começará a ser cobrada após a fase de pré-operação, ainda sem data para ser finalizada.
A regulamentação dos preços, veio por meio da Portaria n°831/2018 do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Visitantes locais, como moradores de Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante, Colinas do Sul, Nova Roma, São João D’Aliança e Teresina de Goiás, vão ter que pagar R$ 3. Dos turistas nacionais, vai ser cobrada uma taxa de R$ 17 e, dos internacionais, R$ 34. A exceção é para moradores de países do Mercosul, que vão pagar R$ 26.
A SociParques, concessionária responsável pelos serviços de apoio à visitação, declara que além da manutenção da unidade, o valor arrecadado vai ser usado para reformas e compra de equipamentos. A expectativa da empresa é que mais de R$ 14 milhões sejam investidos em melhorias durante os 20 anos da concessão.
Turismo
A Chapada dos Veadeiros foi o local escolhido pela brasiliense Nádia Yzume para morar há mais de um ano. Ela relata a importância do controle e da valorização do parque pela gestão da concessionária “As pessoas acham que não existe a necessidade de dinheiro para manutenção e o parque não gera dinheiro sozinho. Esse valor somado será muito importante para a conservação, além do limite de visitação. Mas creio que por sermos moradores, o valor poderia ser mais reduzido”. Nádia ainda sugere que a taxa para moradores não ultrapasse R$ 1 real, o que ela acha justo. “Escolhi a Chapada para morar justamente pelo apelo ecológico que oferece, a valorização é necessária, acho justo e apoio a taxa”, finaliza.
Frequentadora assídua da Vila São Jorge situada na Chapada Dos Veadeiros, a secretária Raphaella Oliveira de Né, passa quase todos os seus finais de semana no local e diz que taxa vem para agregar melhorias necessárias, e que é bastante coerente. “Sou viciada em natureza e considero o parque como extensão da minha casa. A conservação pelos usuários, nativos e guias é notório, porém, sem dinheiro não há manutenção e é o mínimo que podemos oferecer para tudo o que o parque oferece de maravilhoso para nós”, ressalta.
O ponto turístico de acordo com a Agência Estadual de Turismo de Goiás, recebeu cerca de 70 mil visitantes no ano passado. As melhorias a serem feitas com os recursos na visão do coordenador do Núcleo de Estruturação de Destinos Turísticos, Luciano Guimarães, devem atrair ainda mais visitantes, com um bom retorno para a sociedade. “Você pode trabalhar melhor a acessibilidade, a sinalização das trilhas e ter bons banheiros, por exemplo. Todo mundo sai ganhando”, observa.
Com o início da cobrança, em breve, será possível adquirir o ingresso com antecedência, garantindo o acesso, que é limitado a 750 pessoas. A SociParque afirma que, desde 24 de junho, catracas foram instaladas para tornar a entrada mais organizada e entre as ações, estão previstas também além de obras no alojamento de brigadistas e voluntários, a reforma e a ampliação do Centro de Visitantes, implantação de banheiros e de transporte interno.
Confira quem está isento da taxa:
» Visitantes com 60 anos ou mais
» Crianças com até 12 anos incompletos, acompanhadas de adultos
» Estudantes e acompanhantes de estabelecimentos de ensino com visitas pré-agendadas
» Populações extrativistas beneficiárias da unidade de conservação
» Colaboradores ou membros de instituições colaboradoras
» Pesquisadores autorizados pelo ICMBio
» Servidores de órgãos públicos em serviço
» Guias de turismo regularizados pelo Ministério do Turismo e condutores de visitantes cadastrados na unidade de conservação