Na manhã desta terça-feira (25/6), médicos do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) realizaram, a primeira cirurgia metabólica que pode curar pacientes com diabetes tipo 2 pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de uma espécie de cirurgia bariátrica e de redução do estômago, e será oferecido pela rede pública de saúde do Distrito Federal a partir de agora, segundo o Executivo.
O médico Renato Teixeira, coordenador do Serviço de Cirurgia do Diabetes do DF, comandou o procedimento e segundo ele, a paciente não respondia mais ao tratamento clínico contra a doença, que continuava a evoluir e estava prestes a provocar cegueira.
Em 2018, o Conselho Regional de Medicina (CRM) autorizou a realização do tratamento cirúrgico para o diabetes, anteriormente apenas realizada pela rede privada.
A cirurgia é considerada segura e pouco invasiva, o procedimento se resume no corte do estômago em duas partes. Posteriormente, o intestino é cortado em forma de Y e uma dessas partes é ligada ao estômago, desviando o alimento para mais perto do fim do intestino.
O método é seguro, pode evitar mortes, sequelas e infartos, e ajuda a diminuir os custos com o tratamento. O governo tem a expectativa de acabar com as filas para esse tipo de cirurgia no DF e oferecer uma opção segura e efetiva ao paciente.
Transmitida ao vivo para as autoridades, a operação foi transmitida ao vivo, Profissionais da saúde e visitantes, no auditório do Hran também assistiram. Além do governador Ibaneis Rocha (MDB), uma comitiva com integrantes do Executivo local e do federal, assim como do Legislativo acompanhou os trabalhos.
Especificações
Caracterizada pelo aumento dos níveis de glicose no sangue, o diabetes é uma doença sendo a primeira causa de morte não traumática no mundo. Existem duas classificações: no tipo 1, a pessoa nasce com a doença devido a alterações no pâncreas. No tipo 2, o paciente a adquire devido a predisposições e associação à obesidade.
O diabetes do tipo 2 tem mortalidade e sequelas maiores do que o do tipo 1, sendo que, no país, a cada 1 mil pessoas com esse tipo da doença, 27 morrem todos os anos devido a casos de infarto do miocárdio.
A prevalência da obesidade no Brasil é de 10% e afeta cerca de 450 mil pessoas no DF e Entorno.