Na manhã desta sexta-feira (14) Com diversos serviços suspensos em função da greve geral, quem precisou se locomover na capital do país teve de improvisar. Com 100% da frota de ônibus parada, uma das alternativas foi o transporte pirata.
Na Rodoviária do Plano Piloto, as vans clandestinas fizeram fila para desembarcar passageiros. Nas paradas de ônibus de diversas regiões administrativas, os piratas eram os únicos meios de condução para quem não têm carro.
Além disso, muita gente decidiu tirar os veículos da garagem. O que ocasionou engarrafamentos quilométricos antes das 6h nas principais vias do DF.
A greve como forma de protesto à reforma da Previdência é no país inteiro, por ser geral recebeu uma série de liminares expedidas pela Justiça, determinando a manutenção integral ou parcial dos serviços.
No entanto, os rodoviários decidiram parar e não seguir a liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de manter toda a frota rodando. A multa por descumprimento é de R$ 100 mil por empresa afetada; mas, a orientação dos dirigentes é que os trabalhadores permaneçam em casa. E, para impedir que motoristas e cobradores furem a greve, representantes do Sindicato dos Rodoviários disseram que estarão na porta das garagens das empresas para garantir que nenhum ônibus saia.
Além dos rodoviários, os professores também aderiram à paralisação As escolas públicas não funcionarão e os professores decidiram fazer uma assembleia nesta sexta-feira. Além de apoiarem o movimento nacional, eles vão para a Praça do Buriti, às 9h30, pedir reajuste salarial e o cumprimento da meta 17 do Plano Distrital de Educação.
A Secretaria de Educação informou, por meio de nota, que as aulas não ministradas durante a paralisação deverão ser repostas em datas a serem definidas pelas direções das escolas, ainda no segundo bimestre.
Outro serviço que parou foi os bancos. Conforme informou a assessoria de imprensa do Sindicato dos Bancários, agências de todos os bancos permanecerão fechadas nesta sexta. O terminais de autoatendimento e as casas lotéricas funcionarão normalmente.
Param também os funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), inviabilizando a abertura de postos de atendimento espalhados pelas regiões administrativas.
O Sindicato dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta, Autarquias, Fundações e Tribunal de Contas do DF (Sindireta) votou por participar da greve geral. Com a adesão, ficam parados ainda a Defensoria Pública, a Procuradoria-Geral do DF e o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans).