O Ministério Público do Trabalho (MPT) analisa pedido da Secretaria de Saúde, feito nesta última segunda-feira (27/05), para liberação das atividades relacionadas ao fumacê usado no combate ao Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue, no Distrito Federal.
Segundo o MPT, uma nova vistoria só poderá ser feita após a resolução de todos os problemas listados abaixo:
- Os trabalhadores que aplicam os agrotóxicos devem apresentar comprovação de qualificação para manuseio dos produtos químicos;
- No local de preparo dos produtos deverá ter a higienização adequada;
- As vestimentas utilizadas e contaminadas devem ter a destinação adequada;
- É necessário a implementação de um programa de segurança do trabalho.
Em nota, a Secretaria de Saúde informou que todas as exigências estabelecidas pelo Ministério Público do Trabalho foram cumpridas e aguarda a manifestação oficial do órgão.
O governador em exercício, Paco Britto disse, em entrevista a imprensa no dia (25/05) que os problemas identificados foram sanados na quinta-feira (23/05). Contudo, o Ministério Público declarou que o pedido para liberação só foi feito na manhã de segunda-feira (27/05).
As atividades relacionadas à preparação e ao manuseio do fumacê foram suspensas em 6 de maio, com 48 horas para resolução dos problemas. O prazo, contudo, foi adiado até quinta-feira (23/05).
O Distrito Federal enfrenta uma epidemia de dengue. Em 2019, já foram registradas 21 mortes por causa da doença. Na terça-feira passada (21/05), a Saúde divulgou um boletim epidemiológico referente a 11 de maio, com o registro de 19.812 notificações em Brasília, das quais 17.304 são classificadas como prováveis.
O número representa um aumento considerável em relação aos últimos dois anos. Em 2018, houve apenas um óbito e 2,1 mil casos prováveis. Em 2017, foram 12 falecimentos.