Nesta segunda-feira (13), a Polícia Civil desencadeou a operação Hefesto e prendeu cinco dos nove acusados de participar dos ataques no Palácio do Buriti, no hotel Royal Tulip e no shopping Pier 21. As detenções aconteceram em Santa Maria e em cidades do Entorno do DF.
Os detidos estavam envolvidos nas maiores explosões de caixas eletrônicos no Distrito Federal e podem ter lucrado mais de R$ 1 milhão. Segundo investigadores da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Coorpatri), apenas no Royal Tulip o grupo conseguiu levar R$ 476 mil dos caixas eletrônicos.
Entre os presos, está um ex-funcionário de uma delegacia do DF. De acordo com a investigação, ele é suspeito de vazar informações sigilosas para a quadrilha. Até a última atualização, a polícia não havia divulgado qual cargo o homem ocupava.
Para cometer os crimes, o grupo usava armamentos pesados, como fuzis e pistolas com rajadas metralhadoras, coletes de balas e sempre estavam encapuzados. Todas as ações dos bandidos ocorriam de madrugada e para explodir os terminais de autoatendimento, eles utilizavam um explosivo artesanal feito com pólvora de rojão. Apesar das prisões dos cinco homens, os policiais ainda não conseguiram apreender as armas, nem o dinheiro levado.
De acordo com a investigação, o dinheiro subtraído era investido, principalmente, em tráfico de drogas. O chefe do grupo, Thiago Alves Simões, 28 anos, suspeito de planejar os ataques tinha duas empresas “de fachada” que promoviam bailes funks na capital e no entorno para lavar o dinheiro roubado nos assaltos. Até o momento da publicação desta reportagem Thiago permanecia foragido. A Polícia Civil informou ele morava em Valparaíso (GO), porém, desapareceu ao descobrir o avanço das investigações.
O grupo começou o esquema em 2006 e agiram, ao menos, sete vezes, duas no Entorno e cinco no DF. A investigação está sendo conduzida pela Delegacia de Repressão a Furtos (DRF), vinculada à Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri).