A direção do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) optou por interromper o fornecimento de alimentos para pacientes que estão na ala vermelha da emergência da unidade pública de saúde.
A interrupção da dieta foi avisada por meio de um comunicado interno enviado na última terça-feira (07/05) aos médicos, servidores e enfermeiros do hospital. O diretor do hospital, Sávio Ananias justificou a iniciativa afirmando que “segue recomendações médicas”. Contudo, a medida é criticada pelo Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF).
O diretor do hospital disse, em uma entrevista ao Metrópoles, que na ala vermelha os internados ficam “no máximo por 6 horas, até que se tome a decisão para onde ela será recolocada, dada a avaliação do quadro de saúde dela, se houve melhora ou não” e também explicou que é essa é uma medida de segurança, porque alimentação, nessa situação, pode piorar o quadro do paciente, porque há o risco de uma aspiração, engasgo, por exemplo.
Entretanto, o CRM defende que é preciso “avaliar as peculiaridades de cada caso”. Segundo o Conselho Regional de Medicina, apenas o médico assistente “tem a prerrogativa de decidir se o paciente pode ou não alimentar-se e definir o tipo de alimentação para cada caso”. Em nota o CRM disse:
“Um ato administrativo não pode se sobrepor ao ato médico. Compete ao médico a tripla função de diagnosticar a doença, prescrever o tratamento e avaliar o resultado (prognóstico). A prescrição da dieta faz parte do tratamento e está não pode ser mudada por ato administrativo”.