Os passageiros de ônibus e do Metrô têm, a partir de agora, um tempo mínimo de cinco minutos para utilizar qualquer uma das modalidades do Bilhete Único entre uma viagem e outra. A medida visa coibir o uso indevido dos cartões, já que o complemento do valor da tarifa da integração e o subsídio das gratuidades são pagos com dinheiro público.
Cerca de 46 milhões de integrações foram realizadas em 2018, sendo que apenas 4% ocorreram em tempo inferior a cinco minutos entre os embarques. Segundo o diretor de Tecnologia da Informação do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), Públio Pastrolin, a orientação é que os usuários passem o cartão no validador ao entrar nos ônibus para não ter problemas no acesso seguinte, principalmente se as viagens forem curtas.
“Muitos usuários, principalmente aqueles que utilizam as linhas do BRT e o Metrô, passam pela catraca dos coletivos somente ao final da viagem, quando estão próximos às estações. Dessa forma, ao fazer o outro embarque, o tempo é inferior a cinco minutos”, explica.
Com os cartões +Vale-Transporte e +Cidadão, os passageiros podem realizar a integração, que permite fazer até três viagens, pagando R$ 5 por todo o trajeto, em um período de até três horas e em um mesmo sentido. O benefício vale para todas as linhas de ônibus e o Metrô.
Já as gratuidades são concedidas para estudantes, pessoas com deficiência, idosos e rodoviários que trabalham no sistema.
Combate a fraudes
Em fevereiro deste ano, o DFTrans realizou o bloqueio de 27.727 cartões de usuários do transporte coletivo, por suspeita de fraude. A maioria dos casos foi de usuários do vale-transporte, mas houve casos também de usuários comuns, de beneficiários do cartão do idoso, e até de funcionários de empresas de ônibus.
O DFTrans identificou cartões que foram utilizados mais de 60 vezes por dia. Houve um caso em que o usuário comum, aquele que paga para obter o cartão, realizou 67 embarques num só dia. O normal é a pessoa usar menos de 10 vezes, incluindo os embarques por integração.