Governo informou que não vai ter horário de verão este ano. O presidente Jair Bolsonaro publicou uma mensagem sobre o assunto em uma rede social:
"Após estudos técnicos que apontam para a eliminação dos benefícios por conta de fatores como iluminação mais eficiente, evolução das posses, aumento do consumo de energia e mudança de hábitos da população, decidimos que não haverá Horário de Verão na temporada 2019/2020." Relatou o presidente em uma mensagem postada em sua rede social.
De acordo com o porta-voz do Ministério de Minas e Energia (MME) uma pesquisa feita revela que 53% da população pediram o fim do horário de verão.
O Brasil já economizou pelo menos R$ 1,4 bilhão desde 2010 por adotar o horário de verão. Segundo os números já divulgados, entre 2010 e 2014, o aproveitamento da luz do sol resultou em economia de R$ 835 milhões para os consumidores.
O presidente Jair Bolsonaro citou um relatório do Ministério de Minas e Energia que avalia a quantidade de energia economizada no ciclo 2018-2019 no qual os resultados mostraram-se quase nulos.
O governo também relatou que está medida vale só para este ano. Para os próximos anos ainda será feita uma avaliação.
Desde quando existe o horário de verão?
O horário de verão brasileiro foi adotado pela primeira vez em 3 de outubro de 1931 a 31 de março de 1932, implementado no governo do ex-presidente Getúlio Vargas. O objetivo era economizar energia elétrica nos meses mais quentes do ano. Desde 1985, vem sendo estabelecido continuamente.
No horário de verão, parte a população das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país adianta o relógio em uma hora, geralmente entre os meses de outubro e fevereiro. O período de vigência do horário de verão é variável, mas, em média, dura 120 dias.
O horário de verão também é adotado em países como Canadá, Austrália, Groelândia, México, Nova Zelândia, Chile, Paraguai e Uruguai. Rússia, China e Japão, por exemplo, não implementam esta medida.
Com a eficiência econômica da medida decaindo a cada ano, a interrupção do horário já havia sido considerada: o presidente Michel Temer, por exemplo, flertou com a ideia, mas a abandonou devido a instabilidades políticas de seu mandato.