Para evitar fraudes e faltas, bem como possibilitar punição daqueles que não cumprirem a jornada de trabalho, os 5,4 mil médicos da rede pública de saúde terão entrada e saída registradas por biometria facial. A medida foi anunciada pelo governador Ibaneis Rocha.
A mudança é uma cobrança antiga do Tribunal de Contas do DF (TCDF). Após realizar auditoria, a Corte de Contas apontou a existência de diversas faltas de médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem (como atestado médico, férias, folga, abono, etc) registradas no Forponto- o programa de controle de frequência- sem justificativas. O relatório do software indica uma média de 15 ausências desse tipo por servidor.
O Forponto fiscaliza o ponto mediante leitura digital. Todo o monitoramento dos dados registrados é feito via Excel. Como não há um sistema para gerir as informações, o que é produzido no coletor de ponto fica isolado.
O chefe executivo do DF afirma: “Não podemos continuar com o controle da folha de 35 mil servidores sendo feito por meio do Excel. Isso é atualização manual. Temos que investir em tecnologia".
Com a biometria, o governo espera trazer mais transparência. A ideia da mudança é inspirada no modelo usado em hospitais dos Estados Unidos. O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, relatou que o modelo será expandido para todos os 35 mil servidores do setor. Além disso, haverá modernização do sistema eletrônico de ponto.
Ainda de acordo com o secretário de Saúde, o termo já está em fase avançada, mas depende de detalhes dos produtos a serem fornecidos por empresas para a realização do pregão eletrônico.