O Instituto Brasil de Educação (Ibrae) decidiu anular o concurso público da Secretaria de Desenvolvimento Social (antiga Sedestmidh) do Distrito Federal. A decisão foi divulgada no fim da tarde de domingo (24) após uma confusão registrada na distribuição das provas em Brasília.

Em nota o Instituto Brasil de Educação (Ibrae) disse que cometeu um “engano” ao mandar malote de provas para a faculdade errada e de que o erro seria corrigido. Segundo a banca o cancelamento do exame Sedest se deu por conta de atos de vandalismo de alguns candidatos.

No texto, a banca organizadora explica ter constatado que um único malote de provas destinado para a Universidade Paulista (Unip) foi enviado para a Upis (União Pioneira De Integração Social). Esse “engano”, segundo o Ibrae, atrasaria em 27 minutos o início da prova em cinco salas da Unip.

O instituto detalha que a distância entre as universidades é de menos de 1 km, e o “engano” foi solucionado. A banca ressalta também que seria acrescido um tempo extra ao total do tempo da prova, para que nenhum candidato das cinco salas afetadas fosse prejudicado.

“Contudo, um único fato impediu o reinício da prova. Quatro homens deixaram juntos uma das salas, contrariamente à instrução da coordenação do concurso. Eles foram reiteradamente informados que deveriam retornar para o local de provas, mas se negaram a fazê-lo. Em seguida, os vândalos prenderam seis coordenadores do concurso na Sala de Coordenação da Unip, durante mais de duas horas, inviabilizando que as provas corretas fossem enfim levadas às salas”, comunicou o Ibrae, que trata o caso como ato de vandalismo e que vai tomar medidas criminais cabíveis contra os candidatos.

No comunicado, o Ibrae informa que "em breve" vai divulgar novas datas. Já a secretária disse em comunicado que "apenas contrata a banca e, a partir daí, cabe a essa banca cuidar de todos os trâmites".

Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social, 53.748 pessoas se inscreveram no concurso para os cargos de ensino médio e superior, com salário a partir de R$ 2,6 mil. São 1.884 vagas no total, sendo 314 para contratação imediata e 1.570 para cadastro de reserva em 11 áreas para especialistas em assistência social (nível superior) e três para técnicos em assistência social (nível médio).

Fiscais protestam

Fiscais convocados para trabalhar no concurso público cancelado da Secretaria de Desenvolvimento Social (antiga Sedestmidh) do Distrito Federal fizeram protesto para receberem o pagamento pelo serviço.

O valor prometido aos fiscais era de R$ 120 por turno, sendo que as provas foram suspensas no período da tarde e não chegaram ser entregues para todos os candidatos em algumas escolas pela manhã.

Uma fiscal afirmou em um post no Facebook que a banca "não queria pagar as pessoas que trabalharam no concurso". O (Ibrae) explicou que o pagamento será feito em conta bancária.