Depois do massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano SP, a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEE-DF) quer implementar o programa Escolas em Paz (ainda sem previsão de lançamento), cujo o objetivo é mapear situações de violência psicológica e física para prevenir as agressões entre crianças e jovens.
A secretaria destaca, que no momento, há uma parceria com o Batalhão Escolar da Polícia Militar (PMDF) para promover a segurança nos colégios. Também salienta que todas as unidades da rede pública estão seguras e contam com vigilantes posicionados estrategicamente nas portas para evitar a entrada de estranhos.
No entanto, segundos dados divulgados em nota pela assessoria da PM, em 1989, quando o batalhão escolar foi criado, 914 policiais cuidavam de 529 estabelecimentos de ensino. Em 2018, eram 304 policiais para 1.250 escolas. Ou seja, a quantidade de militares nos locais caiu excessivamente nos últimos 30 anos. Apesar disso, a assessoria de comunicação do batalhão de polícia garante que houve avanço na inteligência para esse tipo de vigilância e, mesmo com menor efetivo, existe segurança.
A corporação informou também que há um protocolo de ações nas áreas sensíveis, além de uma série de operações que podem ser desencadeadas de acordo com a situação. Uma delas é a Varredura, para abordagens dentro das instituições; e a Escola Livre, com foco em revistas na porta dos colégios. Existe, ainda, a Operação Bloqueio Escolar, com criação de perímetro de segurança de até 100 metros a partir dos portões.
Álvaro Moreira Domingues Júnior, vice-presidente do Conselho de Educação do Distrito Federal, afirma que iniciativas como a militarização das escolas, movimento iniciado no governo de Ibaneis Rocha (MDB), também são eficientes.
“Infelizmente a prevenção que os policiais fazem não emerge nas estatísticas, mas tenho certeza que, pela vivência de mais de 40 anos em escolas aqui, o Batalhão Escolar faz trabalho inestimável para a sociedade. Então, a polícia precisa ser reforçada e continuar dentro das escolas”, finaliza Álvaro Moreira.