Acusado de matar a jornalista Alessandra Tibau Trino Oliveira e a filha dela, Júlia, de 1 ano, em um acidente de carro em 2014, Rafael Yanovich Sadite foi condenado a 11 anos de prisão nesta terça-feira (28). A pena devera ser cumprida inicialmente em regime fechado.
A condenação é relativa aos dois homicídios com dolo eventual (quando se assume o risco de matar), às duas lesões corporais graves e pelo crime de embriaguez ao volante.
Rafael Sadite ouviu a sentença do Tribunal do Júri já algemado. Durante o processo, a defesa dele tentou atribuir o acidente às condições da pista e à imprudência de Gabriel Gomes Faria Oliveira, o motorista do carro – marido e pai das vítimas –, que sobreviveu, mas quebrou duas costelas.
Os argumentos foram negados pelo júri. Após o veredito do julgamento, que durou mais de 11 horas, o condenado foi levado ao Complexo Penitenciário da Papuda.
A família das vítimas aprovou a decisão. "O sentimento é de que a Justiça funciona. Nós não temos como voltar atrás no dano que foi feito ao meu filho, a todos nós como familia, da perda de Júlia e Alessandra. Isso nao se repara. Mas nós temos a esperança de que de hoje em diante o Brasil será outro", afirmou o pai de Gabriel, Paulo César Oliveira.
A batida
O acidente foi na DF-079, acesso a Águas Claras. Alessandra e a filha morreram no Dia das Mães – 8 de maio, enquanto voltavam de uma confraternização de família no Park Way. O veículo em que elas estavam foi atingido pelo carro conduzido por Rafael, que dirigia sob efeito de álcool.
Com o impacto da batida, Alessandra morreu na hora. A filha dela, Júlia Trino, de 1 ano e 8 meses, chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.
De acordo com a polícia, Rafael fez o teste do bafômetro, que indicou uma taxa de 0,5 miligrama de álcool por ar expelido – é considerado crime de embriaguez ao volante um índice igual ou superior a 0,33 miligrama por litro de ar. A polícia diz que ele estava a mais de 100 km por hora – o limite da via é de 60 km por hora.
Fonte: G1