Amamentar é um desafio para várias mulheres, mas o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece assistência quanto às técnicas para alimentar os bebês
No Brasil, apenas 38,6% dos recém-nascidos são alimentados exclusivamente com o leite materno durante os primeiros seis meses de vida, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Contudo, o leite materno é o alimento mais completo para o bebê nesse período.
Além de ser de mais fácil digestão, o leite também previne contra diversas doenças tais como diarreia, infecções respiratórias, alergias, além de reduzir o risco de hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade. Um estudo da Unicef ainda aponta que a amamentação na primeira hora de vida ajuda a reduzir em 16% o risco de morte neonatal. Cerca de 65,6% das mortes de crianças com menos de 1 ano no Brasil ocorreu no primeiro mês de vida.
Outro benefício da amamentação é que o movimento de sugar auxilia no desenvolvimento da fala e dos músculos da face da criança. As mães também são favorecidas nesse processo: a amamentação diminui os riscos de câncer de mama e ovário.
Não há restrições à amamentação: a mãe pode alimentar o bebê sempre que ele tiver fome.
Desafios
Mas amamentar pode não ser tarefa simples, sobretudo para as mães de primeira viagem. Por isso, a legislação brasileira garante que as mães recebam orientações sobre amamentação nos hospitais públicos na primeira meia hora depois de dar à luz. Esse contato quase imediato é importante para que os bebês sintam o calor e o cheiro da mãe, o que também auxilia na amamentação. No pós-parto, enfermeiras orientam as mães internadas quanto às técnicas para alimentar o bebê com a ordenha manual, sem o uso de bicos artificiais.
As Unidades Básicas de Saúde (UBS) e os Bancos de Leite também oferecem apoio às mães que tiverem problemas para amamentar os recém-nascidos.
Técnicas de amamentação
Confira alguns procedimentos recomendados para facilitar o processo:
· O bebê deve ficar bem próximo ao corpo da mãe.
· A criança deve estar com a boca bem aberta e de frente para o mamilo, para que seja capaz de sugar boa parte da aréola.
· Se o queixo do bebê encosta na mama e os lábios ficam bem aderidos à aréola, é sinal de que pegou bem o peito.
· Observe se as bochechas do bebê ficam arredondadas e se é possível ouvir a deglutição.