Bioma cobre 25% do território nacional, e é o segundo maior do País, além de concentrar uma das maiores biodiversidades de espécies
O Cerrado é um dos biomas mais vulneráveis ao desmatamento, sobretudo entre os meses de julho e setembro, por conta do período da seca. É nessa época do ano que a vegetação fica mais suscetível às queimadas. Segundo último levantamento divulgado do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 2016, os biomas Cerrado e Amazônia foram os mais afetados pelos incêndios florestais naquele ano. Mas, na comparação com 2015, houve queda de 43% de área desmatada no ano passado.
Iniciativas públicas têm apoiado a preservação do bioma com o controle de queimadas. Um exemplo é o programa Desenvolvimento de Sistemas de Prevenção de Incêndios Florestais e Monitoramento da Cobertura Vegetal do Cerrado Brasileiro que trabalha na criação de sistemas para reduzir focos de incêndio na região, além de calcular a emissão de gases de efeito estufa. A iniciativa recebe investimentos do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) de US$ 9,2 milhões até 2020.
Importância
O bioma Cerrado cobre 25% do território nacional, e é o segundo maior do País, além de concentrar uma das maiores biodiversidades de espécies, estimadas em 6 mil variedades de árvores. A sua área inclui os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo e Distrito Federal, além trechos no Amapá, Roraima e Amazonas. É neste bioma que surgem as nascentes das três maiores bacias hidrográficas da América do Sul - Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata.
Compromisso
Em 2016, o Brasil ratificou o Acordo de Paris, se comprometendo a reduzir as emissões de carbono em 37% até 2025, e, depois, assumir redução de 43% até 2030. O desflorestamento por meio de queimadas é um dos principais responsáveis pelas emissões. Por isso, combater o desmatamento e as queimadas está entre as ações prioritárias da gestão pública.