NutriCoaching dá dicas de como uma dieta regulada ajuda a evitar os sintomas dessa síndrome tão comum entre as mulheres
Manter uma dieta nem sempre é tarefa fácil. Poucos dão o valor devido à alimentação, mesmo ela sendo parte essencial de uma vida saudável. O que muita gente não sabe é que o que comemos pode evitar problemas sérios, como, no caso das mulheres, a Síndrome do Ovário Policístico.
Caracterizado como um distúrbio hormonal (ou endócrino), esta síndrome ocasiona o surgimento de micro cistos nos ovários e não tem causa determinada por especialistas, mas pode englobar fatores genéticos e ambientais. Os sintomas incluem menstruação desregulada, acne, maior produção de testosterona (que resulta em excesso de pelos) e aumento de peso. Em alguns casos, e se não for tratado, pode haver, inclusive, infertilidade.
Segundo dados do Hospital Israelita A. Einstein, este é um distúrbio muito comum, já que são contabilizados mais de dois milhões de casos no Brasil a cada ano, que afetam principalmente mulheres de 14 a 40 anos.
A alimentação como fator de alteração - De acordo com os estudos, a síndrome pode se originar por meio da alta produção do hormônio insulina no nosso corpo. Este hormônio, por sua vez, é produzido quando consumimos carboidratos refinados. A junção dos carboidratos com uma má alimentação pode causar a disbiose, que é um desequilíbrio na microbiota intestinal, que favorece o quadro inflamatório do organismo.
Segundo a nutricionista Enaile Arrais, da NutriCoaching, a disbiose pode ser causada pela ingestão de alimentos considerados inflamatórios como o leite bovino, trigo, cevada, centeio, frituras, açúcar branco e refrigerantes, além de alguns alimentos industrializados, como pães, biscoitos, massas e arroz. “Portanto, todos eles devem ser evitados por quem possui a Síndrome do Ovário Policístico”, afirma a profissional.
Enaile indica que seria ideal um padrão alimentar anti-inflamatório e com carboidratos complexos como frutas, verduras e alimentos integrais. Alimentos de baixa resposta insulinêmica, como a mandioca, batata doce, côco e seus derivados, também são importantes para controlar o desequilíbrio da insulina e amenizar os sintomas da síndrome. Leites vegetais, alimentos sem glúten, canela, açafrão, cravo e chás são uma ótima opção.
A dieta low carb - Segundo a nutricionista da NutriCoaching, o low carb trabalha com carboidratos mais complexos, com menor índice e menor carga glicêmica, o que consequentemente melhora a Síndrome, pois baixa a produção da insulina. Enaile chama a atenção para esse tipo de dieta, que precisa ser acompanhada e avaliada por um nutricionista capacitado, pois alguns organismos não reagem bem à essa estratégia.