Por Sandro Gianelli
Desconstrução de imagem
A desconstrução de imagem terá um apelo muito forte nas eleições de 2018. E neste quesito, as redes sociais terão papel de extrema importância. Os eleitores podem esperar que as eleições deste ano sejam mais pautadas pela desconstrução com acusações e Fake News, do que pautadas por propostas e ideias que mudem de fato o Estado ou o País.
Caso Aécio
Quem não se lembra da campanha presidencial de 2014, quando o PT atuou mais em desconstruir o candidato tucano, Aécio Neves, do que em apresentar propostas para resolver os problemas do povo brasileiro. A principal peça da campanha petista dizia: “Aécio, quem conhece não vota".
Calcanhar de Aquiles
O senador Aécio Neves perdeu para a candidata à reeleição Dilma Rousseff no primeiro turno das eleições de 2014 no seu Estado: Minas Gerais. Essa derrota custou a Aécio o posto máximo do Brasil, de presidente da República.
Réu
A última derrota do senador Aécio Neves ocorreu nessa terça-feira (17), quando Aécio se tornou réu em ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF). A acusação pelo crime de corrupção passiva e obstrução da Justiça foi aceita pelos ministros do STF.
Caso oposto
Fazendo um paralelo a desconstrução de imagem feita contra o senador Aécio Neves, aqui no Distrito Federal temos um caso oposto. Em 2014, o PT vendeu com maestria a ideia de que quem conhece Aécio Neves não vota nele. Já em relação ao pré-candidato ao GDF, Jofran Frejat, quem o conhece garante que vota.
Aprovado
Jofran Frejat é muito conhecido, principalmente por aqueles que moram no DF a mais de 20 anos. Quem possui acima de 45 anos conhece o trabalho de Frejat e a grande maioria afirma que vota no ex-deputado e ex-secretário de Saúde do DF. Frejat, apesar de mais de uma década de vida pública não responde a processos e teve suas gestões na saúde com altos índices de aprovação.
Sem avanços
Após a saída de Frejat do comando da Secretaria de Saúde, passamos por vários governos sem sucesso na pasta. Nos últimos anos, a Saúde tem sido um dos principais problemas, tanto nas campanhas, quanto nos governos. Principal problema e/ou principal desafio?
Sou, serei, mas não foi
Quem não se lembra do candidato a governador, Agnelo Queiroz, prometendo que, como médico, acumularia o cargo de governador e de Secretário de Saúde pelo menos nos primeiros 90 dias de seu governo? Apesar de ser médico, em sua gestão a saúde no DF não melhorou muito.
Tempos difíceis
O atual governo também tem tido dificuldades quando o tema é saúde. Rollemberg não conseguiu emplacar a implantação das Organizações Sociais (OS’s). A criação do Instituto Hospital de Base ainda não teve tempo para mostrar resultados significativos e agora assistimos a judicialização do atendimento no Hospital da Criança.
Recall
O grande desafio do pré-candidato ao GDF, Jofran Frejat, vai além da saúde. Além da passagem recente de um governador médico que não conseguiu resolver o problema da pasta, Frejat tem que se tornar mais conhecido, principalmente, daqueles que possuem menos de 45 anos. Sejamos francos, a eleição de 2014 tornou Frejat mais conhecido, o que o cacifa para entrar no pleito de 2018 em condições melhores do que entrou em 2014, mas ainda tem muito trabalho para ser feito.
Com quem andas?
Outro problema, para a maioria dos pré-candidatos é mostrar quem são seus aliados. Sabe aquele ditado: “diga com quem tu andas e eu direi quem tu és!”? Pois é, mas neste quesito será difícil ter chapas 100% com pessoas de vida pregressa ilibada. Exceto para os partidos idealistas como PSol e Novo que dificilmente fazem coligações.
Fonte Sandro Gianelli.