Quitar dívidas, investir, ou gastar? Especialista dá conselho sobre o que fazer
O fim do ano é lembrado como uma época de festividades e comemorações, mas também como o mês em que o trabalhador recebe uma contribuição a mais: o 13º salário. A gratificação equivale a 1/12 da remuneração por mês trabalhado. Na prática, consiste em um salário extra ao final do ano.
A contribuição foi instituída em 1962 pela Lei 4.090, o que a torna muito comum para vários trabalhadores. Porém, o que deve ser feito com essa quantia a mais? O professor de economia da Universidade Católica de Brasília Rogério Mazali, dá algumas dicas. “Não é porque você vai receber um salário a mais que deve gastar o dobro. Todos os gastos devem ser pensados e planejados”, adverte.
Aos que chegam a esse período de fim de ano com dívidas adquiridas ao longo de 2017, o ideal é pagar as contas que possuem os juros mais altos. “A dívida do cartão de crédito, por exemplo, possui juros bem altos. Uma boa dica é começar pagando esse tipo de dívida para que os juros não aumentem ainda mais rapidamente o valor devido”. Caso ainda reste algum valor do décimo terceiro, as dívidas com juros mais baixos podem ser quitadas também, lembra Rogério Mazali.
Para quem chega ao fim do ano sem dívidas, existem alguns investimentos que podem ser realizados. Segundo o professor, o melhor tipo de aplicação depende do perfil de risco de quem está disposto a realizá-la. Se a pessoa prefere não se arriscar, recomenda-se os de pouco risco como o tesouro direto e a renda fixa. Caso o investidor queira assumir maiores riscos, pode apostar em ações no mercado. “Se a ação tiver alta, os retornos podem ser grandes mas a chance de perder a quantia depositada é bem maior”.
Outro mercado que pode agradar quem pretendem arriscar é o mercado das kriptomoedas. Para investir em moedas virtuais é melhor pesquisar as mais confiáveis, mas ter em mente que é um mercado de risco.
Para saber se planejar financeiramente e ter um maior controle dos gastos a recomendação é criar uma planilha de gastos mensais e de fluxo de caixa. Com essas ferramentas é possível saber quais tipos de gasto podem ser cortados. “O ideal é sempre procurar um especialista para orientar corretamente a melhor forma de aplicar o dinheiro do 13º”, finaliza.