Balanço mensal foi apresentado nesta quarta-feira (06)
Dados monitorados mensalmente pelo programa Viva Brasília, do GDF, apresentaram uma ótima notícia para o brasiliense: todos os seis tipos de crime contra o patrimônio no Distrito Federal apresentaram queda em 2017. Ao todo, foram 55.490 ocorrências, número quase 5% menor que 2016 (com mais de 8 mil casos).
Os dados foram divulgados na quarta-feira (06/12), durante o balanço mensal da Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social.
A maior variação foi no número de roubos a comércio. Em relação ao ano passado, houve decréscimo de quase 33% no número de ocorrências.
Já o comparativo para o mês de novembro de roubo de veículos e a pedestres apresentaram queda de 16,6% e 0,8% respectivamente. Já os roubos em transporte coletivo tiveram redução de 26,8% em novembro, com relação a 2016.
Furtos a veículos tiveram queda de 2,4% no ano, comparando com o mesmo período do ano passado. Apesar disso, o número apresentou ligeiro aumento no comparativo mês a mês (de 941 em novembro de 2016 para 1.186 no mês passado).
Menor índice de homicídios desde 2000
A taxa de homicídios no DF continua a menor dos últimos 17 anos. No acumulado de janeiro a novembro, foram registradas 444 ocorrências — 95 a menos que no mesmo período de 2016 —, quantidade mais baixa desde 2000, quando começou a série histórica.
No comparado mês a mês, o número de ocorrências de assassinatos também diminuiu, de 49 para 43. De acordo com o secretário da Segurança Pública e da Paz Social, Edval Novaes, a prospecção para 2017 é a de que a taxa de homicídios chegue a 17,6 por 100 mil habitantes no fim de dezembro.
Em 2016, o índice fechou em 19,7 para cada 100 mil brasilienses. “Confirmada essa estimativa, será a taxa mais baixa desde 1989 no DF”, informou o titular.
Denúncias contra estupro crescem
As denúncias de estupro chegaram a 75 em novembro de 2017, 92% a mais que no mesmo período de 2016, em que foram registrados 39 casos. No ano, as ocorrências totalizaram 814, um aumento de 34,5%.
Dos 75 registros de estupros notificados em 2017, 44 ocorreram neste ano e os demais em outros períodos. “Intensificamos o trabalho no encorajamento das vítimas e das pessoas que conhecem as vítimas nas políticas de assistência social, de saúde e transversais”, atribuiu a especialista em assistência social da Secretaria do Trabalho, Miriam Pondaag.
De acordo com ela, o desafio de lidar com a violência sexual ocorre porque a maioria dos casos ocorre no ambiente fechado. “A dimensão dessa violência é maior do que imaginamos. Os casos registrados tardiamente mostram que há medo, e coação das vítimas, o que deve ser trabalhado por meio de campanhas de prevenção, enfrentamento e com o fortalecimento dos serviços”, avalia.
“As políticas de governo têm como objetivo incentivar que as pessoas denunciem o estupro, bem como os demais crimes”, reforçou o titular da pasta da Segurança. Ele destacou ainda a importância de registrar boletim de ocorrência — o que pode ser feito virtualmente caso a vítima não vá até a delegacia.