Quase 300 construções em Vicente Pires apresentam falhas estruturais

Levantamento feito pela Defesa Civil aponta defeitos graves em construções da Vicente Pires

"Trata-se de uma região irregular, com construções precárias, que merece toda a nossa atenção." Sinfrônio Lopes, coordenador da ação promovida pela da Defesa Civil
(Foto: Reprodução/Internet)

A Defesa Civil do DF divulgou um levantamento identificando 296 edificações em Vicente Pires, cidade vizinha de Águas Claras, que apresentam falhas estruturais, provocadas principalmente por projetos mal elaborados, uso de materiais de baixa qualidade ou ausência de profissionais habilitados, além de falhas de execução em algumas delas. Segundo o estudo, ao menos 700 construções estão em andamento nos últimos três anos, várias em estágio inicial, outras já em fase de acabamento.

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Em outubro, um prédio de seis andares desabou, matando uma pessoa e motivando à criação de uma força-tarefa para fiscalizar os alvos do levantamento na região. Tais operações começaram na segunda-feira (20/11) e seguirão até dezembro.

O tenente-coronel Sinfrônio Lopes, coordenador da operação, destaca a cobrança de documentos, projetos, ensaios técnicos, laudos de segurança e acompanhamento dos profissionais registrados aos responsáveis de cada obra.

O alvo principal das equipes são os prédios com três ou mais pavimentos que apresentam algum tipo de deficiência na estrutura e podem desabar. Após finalizar a inspeção em todos os edifícios de três pavimentos, a Defesa Civil irá voltar os esforços para fiscalizar as edificações de menor porte.

Acidente e situações de risco


Em 20 de outubro, o corpo do técnico em edificações Agmar Silva, 55 anos, foi resgatado por socorristas dos Bombeiros, sob os escombros do prédio que desabou em Vicente Pires. O profissional fazia uma visita técnica quando foi atingido pelo desabamento.

O prédio, composto por dois segmentos geminados, de seis andares cada, ficava na Avenida da Misericórdia, na Colônia Agrícola Samambaia, atrás do Taguaparque. A parte traseira da obra ruiu e deixou escombros somente dentro do terreno da construção, não atingindo de forma direta as casas vizinhas.

Uma semana depois, moradores de um prédio interditado pela Defesa Civil na rua 8, chácara 210, tiveram de deixar o local. A construção corria o risco de desabar. Foram detectados problemas graves, como fissuras em vigas e lajes.

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