Categoria reivindica alta em salários e nomeações; paralisação começou na quinta
Funcionários do Metrô do Distrito Federal decidiram,na noite desta segunda-feira (13), em assembleia, manter a greve iniciada na última quinta (2) em busca de aumento salarial e contratações. Segundo o Sindicato dos Metroviários (Sindmetrô), a categoria segue de braços cruzados "por tempo indeterminado".
Com isso, nesta terça (14), a expectativa é de que os trens rodem em esquema semelhante ao dos últimos dias. Nos horários de pico – entre 6h e 10h, e entre 16h30 e 20h30 –, o Metrô deve funcionar com 16 das 24 composições. Nos demais horários, as 24 estações deverão ser fechadas, por conta do baixo efetivo.
Em uma tentativa de reduzir o impacto da greve, o governo do DF reforçou a oferta de ônibus nas regiões atendidas pelo Metrô. Segundo a Secretaria de Mobilidade, 67 ônibus adicionais estão rodando em Águas Claras, Ceilândia, Guará, Taguatinga e Samambaia.
A greve e o plano emergencial de ônibus não alteram as tarifas do transporte. O valor das passagens, o uso dos cartões, o Passe Livre Estudantil e a gratuidade para idosos, pessoas com deficiência e outros grupos beneficiados continuam a valer.
Na Justiça
O funcionamento em horários de pico é determinado por uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho, que estabeleceu um limite mínimo de 90% da frota e dos empregados nos horários de maior movimento. Com 18 dos 24 trens, o Metrô tem operado com 75% da capacidade total.
A decisão é assinada pelo desembargador do Trabalho Pedro Luís Vicentin Foltran e prevê multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento. Fora dos horários de pico, os trens deveriam rodar com 60% da capacidade total – o que não tem acontecido desde quinta-feira.