Rollemberg manda cortar ponto de servidores grevistas do Metrô e da CEB

Apesar de a negociação continuar com os sindicalistas, ordem já foi dada às empresas

No Metrô, a paralisação começou na manhã desta quinta (05), já os agentes da CEB estão desde segunda (06) em greve
(Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles)

Com a paralisação dos metroviários, na manhã desta quinta-feira (09/11) e da Companhia Energética de Brasília, que perdura desde o início da semana, o governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB) determinou, hoje, que sejam cortados os pontos dos servidores grevistas. As categorias interromperam as atividades reivindicando recomposição salarial, reforço no quadro de pessoal e melhores condições de trabalho. Apesar da ordem, de acordo com o Executivo, as negociações devem continuar.

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No Metrô, a paralisação começou hoje pela manhã. Pilotos e gerentes com cargos comissionados combinaram de manter 18 dos 24 trens da frota em operação. A ação garantirá, até o fim do dia, cerca de 75% da operação normal.

Já os funcionários da CEB iniciaram a manifestação na última segunda-feira (06). Na madrugada do mesmo dia, um temporal atingiu Brasília, e interrompeu o fornecimento de energia em diversos pontos do DF. Os ventos chegavam a 50 km/h. O caos foi instaurado dentro da Companhia que, diante de mais de 2,5 mil pedidos de serviços consecutivos, viu seus funcionários decidirem, então, interromper suas operações por falta de mão de obra.

Reclamações e reivindicações

Os servidores da CEB pedem reajuste de R$ 1,2 mil, recomposição salarial no valor da inflação, aumento de 36% no auxílio-alimentação, além do pagamento de auxílio-transporte, abono e tíquete natalino. Uma assembleia convocada em 31 de outubro aprovou a greve. O GDF está em fase de avaliação das reivindicações do sindicato.

Paralelo à greve da CEB, os metroviários também cobram recomposição salarial no valor da inflação, além da nomeação de mais de 600 aprovados em concurso. Segundo os servidores, o governo não respeitou as promessas feitas na última paralisação da categoria, em 2015.

O GDF, entretanto, afirma que não há dotação orçamentária para conceber tais reivindicações, tampouco a nomeação de servidores do Metrô-DF. Amanhã (10), está marcada uma audiência de conciliação mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT10), prevista para começar às 15h00.

Para o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Metroviários (SindMetrô), Leandro Santos, o corte de ponto é um “discurso pronto” do governo: “Eles não têm como bater o martelo porque depende do tribunal e da negociação. Vamos tentar acertar as coisas na mesa de negociação”, afirmou.

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