De acordo com a Rede Brasil AVC e World Stroke Organization, 1 em cada 6 pessoas no mundo terão AVC durante a vida
Nesta sexta-feira (27/10), o Hospital Anchieta realizará o talk show “Saúde em Dia com Mônica Nóbrega”, sobre Acidente Vascular Cerebral (AVC). A neurologista Letícia Rebello, da Instituição, participará do bate-papo.
O dia 29 de outubro ficou definido como o Dia Mundial de combate ao AVC. A data tem como objetivo aumentar o alerta sobre o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e conscientizar a população a respeito dos problemas relacionados à doença. Em 2017, o foco da campanha é a prevenção. O problema pode acometer qualquer um, em qualquer idade (sendo mais comum em pacientes idosos), em qualquer lugar. O AVC, também conhecido popularmente como derrame, atinge cerca de 17 milhões de pessoas no mundo a cada ano. Consiste em uma epidemia global, sendo a segunda principal causa de óbito em todo o mundo e a principal causa de sequela permanente.
“O AVC consiste em uma interrupção do fluxo sanguíneo de um vaso da cabeça alterando o fornecimento adequado de sangue para o cérebro. O AVC pode ser isquêmico, quando falta sangue numa determinada área do cérebro, devido ao entupimento de um vaso da cabeça, ou hemorrágico, quando um vaso sanguíneo estoura dentro do cérebro e esse sangue transborda o tecido cerebral”, alerta a neurologista do Hospital Anchieta, Letícia Rebello.
Sintomas de AVC
Os sintomas mais comuns são: dificuldade para sorrir – pode ser observado boca torta; diminuição ou perda da força em todo um lado do corpo, braço e perna; dificuldade para falar ou para entender o que as outras pessoas falam; perda de visão parcial ou completa em um ou nos dois olhos; dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente, perda de equilíbrio, vertigem intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos. Fundamental que uma vez que sejam observados esses achados o paciente deve ser encaminhado o mais rápido possível para hospital especializado no atendimento. Quanto mais rápido o atendimento e correto diagnóstico, maiores as chances de se reduzir sequelas e óbito.
Fatores de risco
“O tratamento preventivo engloba o controle de vários fatores de risco vasculares como a hipertensão arterial, diabetes, colesterol elevado, controle do tabagismo, doenças cardíacas como arritmias, além da necessidade de ter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos”, explica a especialista. Segundo dados do Ministério da Saúde, o tabagismo é responsável por cerca de 25% das doenças vasculares, entre elas, o AVC.
Tempo é cérebro
As sequelas dependem, principalmente, do tempo que se leva para iniciar o tratamento. Caso o paciente seja atendido dentro das primeiras horas após o início dos sintomas, as chances de sequelas caem significativamente, embora não possam ser excluídas. Um correto atendimento em um hospital preparado no atendimento do AVC é fundamental para se melhorar o desfecho clínico do paciente.