Especialista dá dicas quando os pais precisam viajar sem os filhos

Para a especialista, o planejamento e o diálogo são importantes aliados quando é preciso deixar os filhos por muito tempo sozinhos

Sentar e explicar sobre a viagem, o período, com quem vão ficar e o quanto esta experiência poderá ser positiva para eles
(Foto: Reprodução/Internet)

A chegada de uma criança muda completamente o foco de atenção de um casal. Antes, eles têm um ao outro e de repente passam a direcionar as energias para o novo membro. A vida conjugal fica, muitas vezes de lado, seja pela falta de tempo, cansaço físico e mental, o que pode inclusive comprometer a relação. Fazer uma viagem a dois pode ajudar a reacender a paixão e lembrá-los que não são apenas pais, mas pessoas que também precisam de atenção e afeto.

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Mas segundo a psicóloga Lia Clerot, especialista em terapia familiar sistêmica, nem sempre os pais lidam bem com o fato de deixar o filho para uma viagem sozinho ou a dois. “A culpa é um sentimento muito comum nos pais que querem viajar a sós principalmente naqueles mais comprometidos e envolvidos na vida dos pequenos. Há um sentimento de que está negligenciando ou abandonando a criança. Sair em uma viagem sem eles precisa ser uma questão muito bem trabalhada e resolvida para que a viagem não se torne um martírio”, destaca.

A especialista destaca que o diálogo é sempre o melhor caminho para a convivência familiar. Sentar e explicar sobre a viagem, o período, com quem vão ficar e o quanto esta experiência poderá ser positiva para eles. “É preciso principalmente ouvir os anseios e receios das crianças. Ressalte que existem oportunidades em que toda a família sairá reunida, mas que nesta viagem especificamente só irá o casal”, explica Lia. De acordo com ela, isto mostra que não estão sendo excluídos, mas que existem situações em que não estarão na companhia dos pais.

E como saber qual a melhor hora? Na verdade, segundo a psicóloga, não existe uma data certa para deixar os filhos pela primeira vez. É claro que quanto mais dependente, mais difícil será. Isto porque um bebê em fase de amamentação poderá ser prejudicado com a ausência da mãe. Mesmo que ele já se alimente com outras fontes, a mudança radical e brusca, sem o conforto dos pais, não será uma boa experiência. O importante é, aos poucos, verificar como ficam na ausência dos pais, indo acostumando aos poucos. A maturidade para lidar com a situação é mais importante do que a idade.

Antes de sair, planeje

Qual a duração da viagem, com quem as crianças ficarão, como será a rotina delas? Todas estas perguntas precisam ser respondidas e definidas, para que os pais exponham tudo para os pequenos. “O importante é que os filhos tenham a segurança que os pais vão, mas retornaram. Que é algo temporário. O que não se deve fazer é alterar o período, a não ser que seja algo realmente importante e isto deve ser conversado com a criança. Cumprir combinados ajuda muito bem, assim pais e filhos podem deixar tudo bem estabelecido”, completa Lia Clerot.

Com relação a quem ficará com os pequenos, quanto mais próxima a pessoa melhor. Alguém que tenha hábito de ficar com as crianças a sós. Se puder dormir uma noite ou outra, melhor. “Assim ela passa o se familiarizar com a ausência e, se for o caso, com o ambiente. Procure manter a rotina das crianças neste período, combine com o tutor os horários, hábitos, alimentação, para que a mudança se torne mais confortável”, conclui a psicóloga.

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