O suspeito não possuía antecedentes criminais, e por isso pôde pagar a fiança
Um homem foi preso em Taguatinga na última quarta-feira (04/10), acusado de pedofilia. O empresário de 67 anos já era investigado por estupro de vulnerável e, durante uma operação da Polícia Civil, foram encontradas na casa do suspeito diversas imagens de sexo explícito ou pornográficas envolvendo crianças e adolescentes. No fim do dia, porém, o suspeito foi liberado após pagar uma fiança de R$ 30 mil.
De acordo com a polícia, ao menos quatro vítimas, entre 10 e 17 anos, relataram denúncia contra o empresário. Ouvidas através de depoimento especial realizado por seções de orientação psicológica e de atendimento técnico da Delegacia de Proteção à criança e ao Adolescente (DPCA).
Além dele, as mães das crianças também são investigadas, por favorecimento da prostituição, rufianismo e submissão de criança ou adolescente à prostituição ou à exploração sexual. Segundo a corporação, elas teriam recebido dinheiro em troca de facilitação dos abusos cometidos pelo homem.
“Elas sabiam dos estupros e ainda assim permitiam o acesso do suspeito. Infelizmente isso não é incomum”, relata a delegada-chefe da DPCA, Ana Cristina Melo Santiago.
O homem seria dono de uma academia no Guará, conforme os investigadores. Costumava fazer trabalho voluntário em instituições de caridade que acolhem crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. Era lá que ele aliciava as vítimas, oferecendo presentes e se tornando “padrinho” delas. Depois, as levava para uma chácara em Cocalzinho de Goiás (GO), onde cometia os abusos.
Ano passado foram registradas as primeiras denúncias contra o suspeito, por outros voluntários que atuavam nas mesmas instituições, e desconfiaram do comportamento do idoso.
Ontem, a PCDF cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do homem, onde foram apreendidas diversas mídias com conteúdo pornográfico. Além dos crimes pelos quais ele já respondia, agora também será indiciado por manter e armazenar conteúdo pornográfico infantil. Ele havia sido levado para o cárcere do Departamento de Polícia Especializada (DPE), mas foi liberado depois de pagar fiança de R$ 30 mil.