Outubro Rosa: oncologista alerta para prevenção do câncer de mama

A doença é relativamente rara antes dos 35 anos, mas acima dessa idade sua incidência cresce progressivamente

Em 2016, a estimativa é que ocorreram 57.910 novos casos de câncer de mama no país
(Foto: Reprodução/Internet)

Atualmente, o Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo e diversos espaços públicos recebem uma iluminação rosa durante o mês, como uma forma prática de expandir cada vez mais a campanha de prevenção ao câncer de mama. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o tumor maligno é o mais comum em mulheres e o que mais leva as brasileiras à morte.

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Em 2016, a estimativa é que ocorreram 57.910 novos casos de câncer de mama no país, o que corresponde a 28,1% de todos os tumores diagnosticados em mulheres no Brasil. No Distrito Federal, a incidência é de quase 68 casos para cada 100.000 habitantes.

“O câncer de mama se caracteriza quando um grupamento de células da mama começa um processo de divisão de forma desordenada, sem respeitar os limites de outras células, ocasionando o surgimento de nódulos, podendo invadir outros órgãos próximos ou se disseminar pelo sangue”, explica o oncologista Marcos Vinicius França, do Hospital do Câncer Anchieta.

Fatores de risco

De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, as alterações nas células podem ser herdadas ou adquiridas. O câncer de mama hereditário corresponde a cerca de 5% a 10% dos casos, ou seja, quando já existem alterações genéticas em parentes de primeiro grau com a doença e estas são passadas para as próximas gerações.

As alterações genéticas, chamadas de mutações, podem ser originadas também por outros fatores, como: exposição a hormônios femininos (terapia de reposição hormona), excesso de peso, sedentarismo, excesso de ingestão de gordura saturada, álcool ou o uso de radioterapia para tratamento de tumores do tórax. Ainda de acordo com informações do INCA, esta doença é relativamente rara antes dos 35 anos, mas acima dessa idade sua incidência cresce rápida e progressivamente, por isso é fundamental que toda mulher inicie o rastreamento para doença, pela realização da mamografia, entre 40 e 50 anos.

Sintomas

O surgimento de nodulações (caroços) nas mamas é o sintoma mais comum. “Além deste, a saída de secreção pelo mamilo, vermelhidão do seio, alterações no formato dos mamilos e das mamas, surgimento de nódulos nas axilas e inversão do mamilo são também sinais de alerta”, enumera o especialista.

Diagnóstico

É importante lembrar que nem todo tumor na mama é maligno e que homens também podem ser acometidos, mas em número muito menor. A maioria dos nódulos detectados é benigna, mas isso só pode ser confirmado por meio de exames médicos.

A maioria dos nódulos detectados é benigna, mas isso só pode ser
confirmado por meio de exames médicos

(Foto: Reprodução/Internet)

Segundo o oncologista Marcos Vinicius França, a avaliação médica com exame clínico da mama e da região da axila pode sugerir o diagnóstico. “Os exames de imagem da mama (mamografia, ecografia mamaria, ressonância mamária) podem reforçar a suspeita, mas a biópsia da mama é o exame confirmatório do diagnóstico”.

Tratamento

“Há diversos tratamentos, que podem ser utilizados de forma combinada ou não. As lesões mais precoces são tratadas, inicialmente, por remoção de uma parte ou da mama por inteiro, associado a uma avaliação dos gânglios da axila do mesmo lado onde foi detectada o problema da mama. Nos casos mais avançados, pode haver a necessidade de quimioterapia e radioterapia, além do uso de comprimidos que reduzem o risco do tumor retornar”, conclui.

Infelizmente, os tumores não tratados corretamente se desenvolvem e podem atingir outros órgãos. Com o crescimento da lesão na mama, pode surgir feridas, vermelhidão no seio e aumento dos gânglios da axila, provocando dor e dificuldade de movimentação do braço. Caso a lesão se dissemine para outros órgãos, a doença pode dar sintomas a depender do órgão acometido, como falta de ar, dor no peito, aumento do abdômen, dores ósseas, crises convulsivas, dentre outros.

História do Outubro Rosa

A história do movimento começou em 1990, quando o laço cor-de-rosa foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York e, desde então, promovida anualmente na cidade.

Em 1997, entidades das cidades de Yuba e Lodi, nos Estados Unidos, começaram efetivamente a realizar ações voltadas a prevenção do câncer de mama, denominando como Outubro Rosa. Todas as atividades eram, e são até hoje, direcionadas a conscientização da prevenção pelo diagnóstico precoce.

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