Serão 10 dias de programação, com atividades culturais e técnicas, além de venda direta da fruta e derivados
A 22ª edição da Festa do Morango, em Brazlândia, começa em 1º de setembro, a partir das 19 horas. O evento ocorre até o dia 10, na sede da Associação Rural e Cultural Alexandre de Gusmão, no Incra 6, BR-080, km 13, com entrada gratuita.
A programação inclui venda direta da fruta e produtos derivados na Morangolândia. A expectativa é alcançar R$ 670 mil em comercialização.
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Também estão previstas atividades artísticas e as ligadas a cultivo, como o 13º Encontro Técnico do Morango, organizado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), no sábado (2).
O foco do encontro deste ano serão as técnicas mais econômicas de irrigação e armazenamento de água, indicadas para produção de hortaliça, classificação que também se aplica ao morango.
“Teremos dia de campo, com a visita a propriedades que já implementam as técnicas”, conta o gerente do escritório local da Emater, Rodrigo Teixeira Alves.
A festa conta ainda com a premiação do 13º concurso de receitas com morango, no domingo (3). Na sexta (8), será aberta a 28ª Exposição Agrícola de Brazlândia, também na sede da associação.
Estão previstos também shows com artistas locais e a 2ª edição Colha & Pague, em que o público pode visitar uma propriedade e adquirir a fruta colhida diretamente da planta.
O evento marca o período de safra do fruto, que ocupa 105 hectares de produção em campo aberto em Brazlândia. São 250 produtores, a maioria agricultores familiares. A produtividade média é de 40 toneladas por hectare ao ano.
Por causa da situação de escassez hídrica, a área plantada foi reduzida em cerca de 30% em relação ao ano passado, quando o cultivo ocupava 150 hectares na região. Apesar disso, a produtividade se manteve.
A cultura incorpora tecnologia de ponta, com irrigação por gotejamento aliada à adubação. Outra técnica agregada ao cultivo é o uso do mulching (acolchoado).
Ela consiste na aplicação de plástico ou lona na cobertura do solo. “Isso diminui o contato do fruto com a terra, o que afasta a ação de ervas daninhas e fungos”, explica o gerente do escritório local da Emater.
Uma técnica que tem ganhado a adesão de produtores é a do sistema hidropônico, em que as plantas ficam em vasos apoiados em madeira. “Por meio desse sistema, é possível colher a fruta com mais conforto, o que acelera o processo produtivo”, conta Alves.
A variedade mais plantada no DF é a do morango Portola, considerada bastante versátil e que se adapta bem a dias com mais ou menos horas de luz. Outras, como a Camino Real e a Camarosa também encontram boa aceitação entre os agricultores.
As frutas produzidas aqui abastecem o mercado interno e uma parte da produção segue para Goiânia, em Goiás, e Palmas, no Tocantins. Elas também são comercializadas em polpa, geleias e doces.
Uma das razões para a cultura de morango ter se adaptado bem ao Planalto Central é a altitude, de cerca de 1,2 mil metros.
O cultivo foi trazido pela comunidade japonesa que aqui se fixou na construção de Brasília. “Dos anos de 1990 para cá, a produção se estabeleceu e se expandiu”, conta Alves.