Pesquisa mostra que 56% dos brasileiros que já fumaram, conseguiram se livrar do vício
Nesta terça-feira (29/8), é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Apesar de o ato de fumar já ter sido associado a status e glamour, de acordo com informações do Instituto Nacional do Câncer (INCA), hoje em dia a percepção social do uso de tabaco mudou. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde e Bem Estar da Kantar Health mostram que 63% dos brasileiros nunca fumaram na vida e dentre os que fumaram alguma vez, 56% já conseguiram suspender o consumo de tabaco e já estão livres do vício.
O tabagismo hoje é considerado uma doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo uma das principais causas de morte passíveis de prevenção. Graças às campanhas de conscientização, o Brasil tem avançado progressivamente no controle do tabagismo. “Como toda informação é sempre bem vinda, as imagens e frases são uma forma de orientação aos indivíduos fumantes e, acredito que servem para criar em um determinado momento, uma oportunidade para o abandono do cigarro. Sendo assim, causam impacto positivo e contribuem para o tratamento do tabagismo”, explica o pneumologista Daniel Boczar, do Hospital Anchieta.
Males do tabaco
Os problemas que o tabaco pode ocasionar são incalculáveis. Cerca de 30% de todos os cânceres são relacionados ao cigarro. Os principais são os cânceres de pulmão, onde o cigarro é o responsável em 90% dos casos; boca; laringe; faringe; estômago; esôfago; pâncreas; rim; bexiga e colo do útero. “O tabagismo é responsável por 25% dos infartos e anginas; 25% das ocorrências de derrame cerebral; úlceras gastroduodenais; infecções respiratórias; impotência sexual; claudicação e 85% dos pacientes com bronquite crônica e enfisema são fumantes”.
Tratamento
O tratamento do tabagismo é baseado em medidas cognitivo-comportamentais que permitem transmitir ao fumante os conhecimentos necessários para cessar o tabagismo e estratégias para modificar seu comportamento. “Além disso, existe o tratamento medicamentoso. É importante salientar que as medicações são parte do tratamento e é necessário primeiramente que o paciente manifeste o desejo de cessar o tabagismo. Sem isso o tratamento perderá em efetividade”, alerta o médico.
Em todo o Brasil também existem os grupos de apoio contra o tabagismo, que consistem na abordagem multidisciplinar, como peça fundamental para o tratamento cognitivo-comportamental. “No Distrito Federal estes grupos são realizados em empresas, em centros de saúde e hospitais, com o suporte da Secretaria de Saúde do DF”, informa Daniel Boczar.
Parar é necessário
Ao parar de fumar, em poucas horas a respiração começa a voltar ao normal. “Além disso, há diminuição do risco de doença cardíaca, enfisema, câncer de pulmão e do envelhecimento precoce; esperança de vida aumentada de cinco a oito anos; redução da despesa com cigarros e com tratamento de doenças ligadas; melhora da resistência física para