O célebre escritor foi fundador e primeiro presidente – eleito por unanimidade – da Academia Brasileira de Letras
Em 21 de junho de 1839, nasce no Morro do Livramento – Rio de Janeiro –, Joaquim Maria Machado de Assis uma das maiores expressões literárias do Brasil.
Ele nunca foi para universidade, mal frequentou a escola. Mas, embora com pouco estudo formal, foi um gênio que testemunhou a mudança política no país quando a República substituiu o Império. E foi com maestria que relatou, por meio de seus textos, os eventos políticos e sociais da época.
Boêmio e apaixonado pelo ambiente da Corte Machado de Assis percebeu cedo que podia subir socialmente, caso demonstrasse algum diferencial entre os intelectuais.
Para tanto, não mediu esforços e se dedicou a escrever praticamente todos os gêneros literários: poesia, romance, cronicas, contos. E rapidamente virou dramaturgo, crítico literário, contista e jornalista. Seu trabalho foi o trampolim para uma mudança total de vida e de status.
E foi assim que o filho da lavadeira Maria Leopoldina da Câmara Machado e do pintor de paredes Francisco José de Assis deixou de ser apenas o Joaquim Maria para ficar conhecido como Machado de Assis; o fundador da Academia Brasileira de Letras e o primeiro presidente da Academia. Eleito, diga-se de passagem, por unanimidade.
Sua extensa obra soma nove romances e peças teatrais, duzentos contos, cinco coletâneas de poemas e sonetos, e mais de seiscentas crônicas. Todo esse arsenal foi e é fundamental para a compreensão das escolas literárias brasileiras dos séculos dezenove e vinte e influenciou outros grandes autores como: Olavo Bilac, Lima Barreto, Drummond de Andrade...
Os biógrafos afirmam que, no Brasil, Machado de Assis alcançou em vida fama e prestígio. Mas o reconhecimento no exterior veio somente mais tarde. Contudo, apesar de um reconhecimento póstumo, o arrojo e a inovação de sua obra têm alcançado dada vez mais a admiração de estudiosos e críticos do mundo inteiro.
O escritor brasileiro Machado de Assis é considerado o pai do Realismo no Brasil. E atualmente figura na galeria dos grandes gênios da história da literatura, ao lado de autores como Dante, Shakespeare e Camões.
Machado de Assis morreu em 29 de setembro de 1908. Mas sua obra continua viva, inspirando e influenciando novas gerações de intérpretes do Brasil.