Amor pela natureza: voluntários enfrentam frio para recolher lixo no Parque Águas Claras

Mesmo sob as baixas temperaturas, grupo se une para limpar o parque, plantar mudas e despertar a consciência ambiental da comunidade

Em pleno domingo gelado, enquanto muitos buscavam abrigo sob as cobertas, cerca de 20 voluntários mostraram que o amor pela natureza fala mais alto. Eles se reuniram no Parque de Águas Claras para mais uma edição da ação de limpeza e preservação promovida pela Nova Acrópole, em parceria com os Voluntários do Parque e com apoio do Instituto Brasília Ambiental (Ibram).

 

A ação, que chegou à sua 11ª edição, retirou das trilhas e gramados 33 sacos de 50 litros de lixo não orgânico. Mais do que recolher resíduos, o movimento busca despertar a consciência ambiental e o senso de pertencimento dos frequentadores.

“Nosso sonho é que não haja mais lixo a ser recolhido”, afirma Rafael Azevedo, 42, membro da Nova Acrópole. “Esse trabalho é um convite à reflexão. Porque um simples copinho plástico, usado por segundos, leva décadas para desaparecer. Isso diz muito sobre nossa relação com o mundo.”

 

Vidas que brotam com as mudas

Dentro da administração do parque, funciona um viveiro de mudas nativas, cuidado com carinho por Dona Iunedes de Carvalho, de 81 anos, uma das voluntárias mais ativas. "O parque é nosso respiro. Aqui a gente vive melhor. É concreto demais lá fora, por isso zelamos tanto por esse espaço. Isso me faz bem, me mantém viva", diz.

 

O viveiro abastece não só o Parque de Águas Claras, mas também outras áreas verdes da cidade. O cuidado com as plantas é um reflexo do afeto dos voluntários, que enxergam no parque um lugar de renovação — da terra e das pessoas.

 

Mais que limpeza, um chamado à ação

Rosa de Lima, 62, coordenadora do grupo de voluntários, destaca que cerca de 90 pessoas integram as ações ao longo do ano. Além da limpeza, o grupo produz, planta e doa mudas para outras unidades de conservação — e até para o Zoológico de Brasília.

“A gente encontra de tudo: meia, lençol, retrovisor de carro, pneu... Isso mostra o quanto precisamos educar e sensibilizar. Dá trabalho, sim, mas é profundamente gratificante”, relata.

 

Atitude que transforma

Para Mira Dias, 62, voluntária entusiasmada, o que move tudo é o amor:

“Quando você limpa aquilo que outro jogou, sente algo muito bom. É uma transformação interna. Você se aquece, se exercita, conhece gente boa e ainda faz o bem. É como uma academia gratuita, só que para o corpo e para a alma.”

 

Como participar

O grupo de Voluntários do Parque de Águas Claras é aberto a quem quiser contribuir. Para participar, basta entrar em contato pelas redes sociais:

📍 @voluntariosdoparqueac
📍 @novaacropole_aguasclaras

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